quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Mensagem para Reflexão


NINGUÉM FOGE À LEI DA REENCARNAÇÃO.
ONTEM, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral. HOJE, guardâmo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.
ONTEM, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício. HOJE, têmo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor.
ONTEM, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes. HOJE, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho-problema, o cálice amargo da redenção.
ONTEM, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio. HOJE, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.
ONTEM, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinqüência. HOJE, achâmo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da tolerância.
ONTEM, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, a punhaladas de ingratidão. HOJE, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.
À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.
Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam...
A humildade é a chave de nossa libertação.
E, sejam quais sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.
Da obra: Amor e Vida em Família. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 1995.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

HOJE É DIA DE OXUM


Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá, adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza. Em Oxum, os fiéis buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões, e também na vida financeira, a que se deve sua denominação de "Senhora do Ouro", por ser o metal mais valioso da época.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A importância de estudarmos nossa Religião




"Mediunidade na Umbanda" – EAD – Curso Virtual
Desenvolvido e Ministrado por Rodrigo Queiroz
Texto 01

Educação Religiosa como Instrumento de Evolução

por Rodrigo Queiroz

“Mas ouço clamar de todas as partes: não raciocinai! O oficial diz: não raciocinai, mas fazei exercício! O conselheiro financeiro diz: não raciocinai, mas pagai! O padre: não raciocinai, mas crede!” – Kant –

“Fazia algum tempo que o João conheceu um terreiro de Umbanda, lá dentro ele sentia-se muito bem, era como se tivesse em casa. Pensava que realmente tinha encontrado Deus. Era tudo bonito para ele, gostava do som dos atabaques, as danças, enfim...
João fora informado que na Umbanda tudo o que alguém precisa saber os guias ensinam e que portanto não precisa se preocupar em buscar compreender todo aquele Universo simbólico e profundo que existe no terreiro e na Umbanda.
Após um tempo João encontrou dois grandes amigos de infância numa festa, e após muito papo o José lhe perguntou se ele praticava alguma religião.
João respondeu naturalmente que estava frequentando um terreiro de Umbanda, o que provocou um susto nos amigos, que lhe indagaram:
- Mas meu amigo, isso é macumbaria, porque foi procurar um lugar destes?
- É isso mesmo João, eu já fui num lugar destes e o que vi não pode ser de Deus!
- Vocês estão enganados, é muito bom, só recebo bons conselhos, estou feliz!
- Mas é isso que eles fazem, enganam e iludem para depois levar pro inferno.
- João, está na bíblia que Deus não precisa de intermediários, para que então estes espíritos ficam baixando nestes lugares?
- Bem, é que precisam evoluir...
- Evoluir? Por que não evoluem lá de onde estão? Para que tantos "deuses"?
- Não são "deuses", são Orixás.
- É? E o que são Orixás?
- Bem... São...
- Estes tais Exus, que se contorcem, bebem etc. Isso é exemplo de evolução?
- Estão aqui para nos ajudar...
- Mas são os mesmos que lá na Igreja que eu vou falam que vem destruir as pessoas.
- Mas...
- João, quais as crenças da Umbanda? Como que vocês explicam a criação do mundo, de onde viemos, para onde vamos? Qual a bíblia de vocês?
- Ora amigos, meu guia ainda não ensinou estas coisas... - João tentou desviar do assunto já envergonhado por não ter as respostas.
- Hã?!? Sei lá João, você é meu amigão e estou preocupado com você, pense no que falamos, você pode estar sendo enganado. Procure uma igreja, pare com este atraso de vida, veja, você nem consegue responder nossos questionamentos, isso é muito estranho...
João encerrou o assunto, depois da festa voltou para casa e antes de dormir ficou pensando no ocorrido. Aquilo o incomodou demais e considerou que seus amigos realmente poderiam estar corretos. Como João não gosta de incertezas e de sentir-se envergonhado por não saber falar sobre algo que lhe parecia bom, então achou por bem „dar um tempo‟ ao terreiro”.
Neste caso hipotético temos o retrato de que todo aquele que não conhece sua religião fica sujeito a perder sua religiosidade, e esta fragilidade se dá de variadas formas, provocando no fiel a dúvida sobre a legitimidade espiritual daquilo que se, por um lado fala ao coração, por outro não corresponde à razão.
Em tempos de rápida evolução tecnológica e facilidade de informação, nós humanos, que somos naturalmente seres racionais e precisamos usar esta condição para justificar nossa natureza, não conseguimos permitir que sejamos envolvidos por algo apenas pelas emoções, pois cedo ou tarde a razão cobra do coração uma satisfação sobre os caminhos e escolhas que estão sendo definidos.
Também vivemos um período de “guerra santa midiática” e este confronto é definido através de argumentos e convicção racional das opções definidas pelos indivíduos. Portanto, não sou Umbandista meramente porque gosto do ambiente do terreiro, das pessoas, do cheiro, do som e do entrosamento com os espíritos.
Sou Umbandista porque sua Ciência (teologia) e sua visão cosmológica sobre a existência alimentam minha necessidade racional de saber sobre a origem das coisas, sobre Deus e sua atuação no Universo.
Sou Umbandista porque me sinto livre e responsável por mim, porque aprendi estudando-a que não temos prisões conceituais, e que ser livre em pensamento e atitudes é na verdade o maior desafio na experiência humana.
Sou Umbandista convicto, em paz e envolvido, porque através de profundos estudos dentro da religião encontrei respostas coerentes para entender a dinâmica de um terreiro, fundamentos para os elementos utilizados, compreensão sobre o que é a magia da Umbanda e aprendi inclusive a entender tamanha diversidade dentro de uma religião tão nova e territorialmente pequena.
Contudo, sou Umbandista porque me livrei da amarra de ficar esperando as respostas caírem do “céu” e fui motivado a ser um buscador, e ao alcançar posso ser um facilitador para todos aqueles que sinceramente buscam.
Não sou Umbandista pelas emoções ou porque vi coisas espetaculares que até “Deus duvida”, porém sou Umbandista porque ao conhecer e estudar esta religião fui imantado de tanto saber que minha alma ficou em paz, pois a falta de coerência que eu encontrava em outras vertentes religiosas foram na Umbanda supridas e assim me senti Umbandista, a tal ponto que me sinto apaixonado e emocionalmente completo na minha busca à evolução espiritual.
Falando em evolução espiritual percebi desta forma que somente através de uma educação religiosa é que de fato possibilitamos a evolução, pois entendi que ir ao terreiro, rezar, cantar, dançar etc. não garantem a evolução de ninguém, apenas possibilitam exercitar a religiosidade que só está naqueles que realmente entendem a religião, sua crença, seus preceitos, suas dinâmicas e sua visão cosmológica da existência, pois quando nada disso eu sei, logo quando um grande conflito me acometer, serei provocado a buscar uma “religião mais forte” ou coisa do tipo, pois não terei aprendido que de nada adianta buscar forças externamente e que, como ensina as lições da Umbanda, nós temos a força dentro de nós, e Deus atua na Umbanda como em todo lugar, eu é que devo modificar meus padrões de comportamento que por vezes me criam situações desagradáveis.
Por fim leitor, eu aprendi a aprender e digo a você que busque o conhecimento sobre esta religião para sentir-se religioso e não permita que ninguém lhe iniba nesta busca, pois a busca ao saber é pessoal, intransferível, um patrimônio só seu, ninguém pode interferir na busca de ninguém, pois se assim age é porque pretende mantê-lo na mesma treva da ignorância que ele se encontra.
Assim busque sua educação religiosa e acesse ferramentas que possibilitarão a tal almejada evolução, e ao alcançar uma consciência religiosa, você sentir-se-á Umbandista de fato.
Eu, ao buscar e encontrar o saber, entendi que tudo o que sei é pouco e, portanto, aprendi que ainda que eu possa contribuir na busca de outros eu sou um eterno aprendiz...

Grande abraço, saravá!


 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Casa onde foi fundada a umbanda, em São Gonçalo, será demolida esta semana



A estrutura metálica já está pronta para receber o telhado do novo galpão que vai ocupar o número 30 da Rua Floriano Peixoto, em Neves, São Gonçalo. Dentro do terreno, uma casinha centenária aguarda a demolição marcada, segundo o proprietário, ainda para esta semana. Poderia ser uma simples obra, não fosse um detalhe: a casa rosa, com a pintura já castigada pelos anos, é a última testemunha do nascimento da umbanda.
Foi no imóvel — que ocupava o centro de uma chácara, no início do século 20 —, que Zélio Fernandino de Moraes, então com 17 anos, dirigiu a primeira sessão da religião. Era 16 de novembro de 1908. A umbanda é a única manifestação religiosa 100% brasileira.
— A demolição nos deixa muito decepcionados, pois perdemos uma referência da chegada da mensagem do Caboclo das Sete Encruzilhadas — diz Pedro Miranda, presidente da União Espiritista de Umbanda do Brasil, em referência à entidade que orientou Zélio a fundar a religião.
Espíritos tristes
A notícia também surpeendeu a mãe de santo Lucília Guimarães, do terreiro do Pai Maneco, em Curitiba, Paraná. Na década de 1990, ela veio ao Rio para pesquisar as origens da religião.
— Imagino que até os espíritos estejam tristes. É uma pena — lamenta ela.
Há mais de cem anos com a família de Zélio, o imóvel onde surgiu a umbanda foi vendido recentemente para o militar Wanderley da Silva, de 65 anos, que pretende transformar o local em um depósito e uma loja.
— Eu nunca soube que a casa tinha essa história. Mas agora já comprei, investi, não posso deixar de demolir — explica-se.
Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nunca houve um pedido de tombamento do imóvel. A antiga casa de Zélio também não é protegida pelo governo estadual ou pela Prefeitura de São Gonçalo.
De acordo com a última avaliação do IBGE, feita no Censo 2000, o Brasil tem quase 400 mil umbandistas. A religião está em todos os estados do país e também no Uruguai, Paraguai, Argentina, Portugal, Espanha e Japão.
‘Tudo acabou’
O terreiro de Zélio de Moraes — que recebeu o nome de Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade — funcionou por pouco anos em São Gonçalo. Os primeiros umbandistas mudaram-se logo para o Rio de Janeiro.
Primeiro, o centro funcionou na Rua Borja Castro, na Praça Quinze. A rua foi extinta, na década de 1950, para a construção da Perimetral. Dali, foram para a Avenida Presidente Vargas. O imóvel também foi demolido, dessa vez para dar lugar ao Terminal Rodoviário da Central do Brasil.
Uma nova mudança e mais uma demolição. A casa 59 da Rua Dom Gerardo, em frente ao mosteiro de São Bento, virou um estacionamento.
— Tudo acabou, eram prédios muito antigos. Lamento que o último registro também vai desaparecer. Mas o mais importante é que os ensinamentos do meu avô se perpetuem — pediu a neta de Zélio, Lygia Cunha, que hoje preside a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade. O terreiro agora funciona em uma sede própria, em Cachoeiras de Macacu, no interior do estado.
Capela de São Pedro
Antes de ser vendida, a casa onde nasceu a Umbanda abrigou uma capela católica. A última moradora do imóvel, uma descendente de Zélio que é muito católica, cedeu o espaço para os devotos. Quem administra a igrejinha — que também mudou de endereço — é dona Geraldina dos Santos, de 74 anos.
— Não tenho preconceito, não. Todos somos filhos de Deus. Se a religião nasceu lá, a casa devia ser preservada. É importante — disse.
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Meus irmãos quero expressar minha opinião sobre este lamentável fato. A demolição desta casa vai servir de exemplo para todos vermos o quanto nós umbandistas somos desunidos. Porque a Casa ficou fechada durante anos até ficar completamente destruída pelo tempo. E nós que seríamos os responsáveis não fizemos nada! Nossos irmãos umbandistas de Niterói e do Rio nada fizeram. Foram também empurrando com o passar do tempo, mas agora que a Casa está ruindo querem reivindicar. Se não demolirem farão o quê? Talvez tenhamos que passar por esta terrível perda para que nos sirva de exemplo. Quem sabe assim passaremos a nos unirmos mais.
Obrigado a todos! Mas gostaria de expressar o quanto nós umbandistas deveríamos ser mais unidos!
Axé a todos!!!
Gustavo Fonseca Pinheiro Reis
Dirigente do Lar de Caridade Luz do Amanhã

Festa de Cosme e Damião




Gostaríamos de nos desculpar pois estas singelas fotos não representam a magnetude de nossa festa. Ficamos tão atolados com os preparativos que nos esquecemos de registrar a festa. Mas é claro que algumas coisas só foram vistas por quem participou da festa como por exemplo as nossas crianças do espaço, tão lindas e divertidas. Tivemos uma participação bem legal da população, quase cem pessoas vieram prestigiar-nos. As crianças se divertiram com o pula-pula que foi montado em nosso jardim e todos comemos muito algodão doce!!! Ano que vem prometemos registrar fielmente, mas lembrando que nossas criancinhas só poderão ser vistas em nosso terreiro.

Axé irmãos!