Emmanuel afirma
no livro A Caminho da Luz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, que Jesus é
o governador de nosso planeta. Tem a tarefa de conduzir as coletividades que
aqui evoluem desde que a Terra desprendeu-se do Sol, massa de fogo incandescente,
há aproximadamente quatro bilhões e quinhentos milhões de anos. Preposto de
Deus, Jesus foi convocado pelo Criador para essa elevada missão. Encarnou na
Terra uma única encarnação. Foi criado simples e ignorante, ou seja, sua
evolução não aconteceu em linha reta como muitos acreditam. Porque os
desacertos fazem parte de nosso aprendizado. Aprendemos com os próprios erros,
observando a lei de causa e efeito. Seria injusto Deus ter seus eleitos,
privilegiando uns e outros não. Jesus está onde chegaremos um dia, mas esteve,
um dia, onde estagiamos hoje. Viveu seu aprendizado alhures, em outros
mundos.POR QUE BUSCAMOS JESUS NO CENTRO ESPÍRITA, NO TEMPLO PROTESTANTE, NA
IGREJA CATÓLICA OU EM OUTRA DENOMINAÇÃO RELIGIOSA CRISTÃ? Para buscar uma vida mais
equilibrada e digna? Refletir a respeito de nossas responsabilidades? Superar
vícios e mazelas? Participar nos serviços do Bem? Ou apenas desejamos que
Jesus: Remova nossas dificuldades? Solucione nossos problemas? Restaure nossa
saúde? Conceda-nos a felicidade? Não é isso uma espécie de escambo, uma troca
que não envolve dinheiro? Dou minha presença, submeto-me ao culto com a
intenção de algo receber? Tanto é assim que muita gente deixa de participar
porque não recebeu o benefício que buscava, o favor que esperava. ISSO É
COMERCIALIZAR O SAGRADO. Nas atividades religiosas costumamos ouvir: Se receber
as bênçãos desejadas serei um contribuinte; Se resolver meus problemas
trabalharei pelos pobres; Se alcançar a cura serei uma pessoa melhor. Há quem
faz adiantamentos: Uma visita a família carente; Um exercício de
tolerância.Alguns pregadores exploram essa tendência. Parecem camelôs a pregoar
o seu produto, como se a felicidade fosse uma mercadoria, não uma realização
íntima. Há fiéis que enunciam seus projetos de comércio com a divindade na
forma de promessas solenes a serem cumpridas depois de receberem os benefícios
desejados. Algumas são bastante ingênuas, relacionadas com inúteis
mortificações como: Carregar cruz; Subir escadarias de joelhos; Privar-se de
alimentos; etc. Onde no Evangelho mostra Jesus ensinando estas atitudes? Ele
não quer que mortifiquemos o corpo e sim a alma, abrandando o coração,
modificando nossas atitudes para melhor; eliminando ódios, rancores, vinganças,
preconceitos, explorações. Porque o grande ensinamento de Jesus foi o AMOR. Se
amamos realmente a nós mesmos, não permitimos a autoagressão através dos
vícios, morais ou físicos. Se nos amamos, buscamos a educação moral e
intelectual; Se amamos nosso semelhante, nunca nos permitiremos a
desonestidade, a raiva, a inveja, a agressão e, muito menos, a indiferença. Se
amamos Jesus, buscamos a luz dentro de nós mesmos, compreendendo que viver é
aprender a servir para o bem. Não é difícil entender que para se viver com o
Guia da Terra em experiência integradora, devemos desenvolver em nosso caráter
o que existe de mais sóbrio, de mais lúcido e grandioso, engajando-nos na
verdadeira educação. Mas, infelizmente, muitos ainda buscam o mesmo que o povo
daquela época buscava. Vemos hoje muitos chegando à religião, submetendo-se aos
rituais, cultos, dogmas, “buscando graças variadas”, etc., mas não se
transformam, não buscam saber o que Jesus espera delas. Converter-se não é só a
palavra e o conhecimento, converter-se é transformar a palavra e o conhecimento
em ação. Porque há muitas pessoas que, na aparência, mostram seguir Jesus, mas,
de fato, não o seguem; ao passo que, muitos que parecem não seguir, estão a
caminho com Ele. Por isso, em defesa de nossa paz, não devemos buscar o culto
religioso como um canal aberto para obter favores do Céu. Melhor situá-lo como
uma convocação para fazer o que o Céu espera de nós. Mas afinal, qual a nossa
resposta para essa pergunta: “POR QUE BUSCAMOS JESUS NO CENTRO ESPÍRITA?”
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