Hoje
já se sabe, através de pesquisas científicas, que a oração, ou a prece, é um
poderoso remédio na cura de enfermidades. Em 17 estudos-pesquisas revisados
pela Arizona Satate University, ficou demonstrado que a prática bíblica de orar
pelos enfermos, com ou sem imposição de mãos, realmente funciona. A explicação
dos cientistas é que quando oramos em intenção de alguém, pedindo pela sua
cura, liberamos um comando para o cérebro que, assim, emite energia
eletromagnética que vai atingir aquela pessoa. A ação de cura fica assim
explicada cientificamente, e comprovada por experimentos como, por exemplo, um
em que dois grupos de pacientes hospitalares com a mesma doença foram separados
em dois grupos. O grupo A teve seus nomes enviados a uma igreja para receberem
orações diárias; o grupo B não recebeu orações. A constatação, depois de um
mês, é que a melhora dos pacientes do grupo A, que não sabiam que estavam
recebendo orações, foi mais de 20% superior aos pacientes do grupo B. em seis
meses essa diferença no estado de saúde foi de 50%.
O
poder de cura do magnetismo é estudado desde Mesmer, estudos esses que foram
significativamente ampliados pelo espiritismo com a inserção do componente
espiritual na ação de cura a distância.
A
partir da questão 658 de O Livro dos Espíritos, Allan Kardec estuda o tema
Prece, obtendo dos Espíritos Superiores a seguinte informação:
“A prece é sempre agradável a Deus, quando
ditada pelo coração, porque a intenção é tudo para Ele. A prece do coração é
preferível a que podes ler, por mais bela que seja, se a leres mais com os
lábios do que com o pensamento. A prece é agradável a Deus quando é proferida
com fé, com fervor e sinceridade. Não creias, pois, que Deus seja tocado pelo
homem vão, orgulhoso e egoísta, a menos que a sua prece represente um ato de
sincero arrependimento e de verdadeira humildade.”
E
na questão 662, indagando se podemos orar utilmente pelos outros, recebe a
seguinte resposta:
O
espírito daquele que ora está agindo pela vontade de fazer o bem. Pela prece,
atrai a ele os bons espíritos que se associam ao bem que deseja fazer.”
A
essa resposta, Kardec comenta:
“Possuímos
em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade, um poder de ação que se estende
muito além dos limites de nossa esfera corpórea. A prece por outros é um ato
dessa vontade. Se for ardente e sincera, pode chamar os bons espíritos em
auxílio daquele por quem pedimos, a fim de lhe sugerirem bons pensamentos e lhe
darem a força necessária para o corpo e a alma. Mas ainda nesse caso a prece do
coração é tudo e a dos lábios não é nada.”
Portanto,
quando oramos, utilizamos o poder da vontade para acionar as forças energéticas
do pensamento, liberando um comando mento-espiritual para o cérebro, que
distribui essa energia através do nervo vago, como sugerem pesquisas. Essa
energia liberada vai ao encontro da pessoa enferma, isso através do fluido
universal, que tudo preenche, assim como o som se propaga pelo ar, e mais, essa
força é potencializada pelos bons espíritos, que são atraídos pelo nosso
pensamento caridoso.
Esclarece
o Ministro Clarêncio, no capítulo 1 da obra Entre a Terra e o Céu, psicografia
do querido e inesquecível médium Chico Xavier:
“Em
nome de Deus, as criaturas, tanto quanto possível, atendem às criaturas. Assim
como possuímos em eletricidade os transformadores de energia para o adequado
aproveitamento da força, temos igualmente, em todos os domínios do Universo, os
transformadores da bênção, do socorro, do esclarecimento... As correntes
centrais da vida partem do Todo-Poderoso e descem a flux, transubstanciadas de
maneira infinita. Da luz suprema á treva total, e vice-versa, temos o fluxo e o
refluxo do sopro do Criador, através de seres incontáveis, escalonados em todos
os tons do instinto, da inteligência, da razão, da humanidade e da angelitude,
que modificam a energia divina, de acordo com a graduação do trabalho
evolutivo, no meio em que se encontram... A prece, qualquer que ela seja, é
ação provocando a reação que lhe corresponde. Conforme a sua natureza, paira na
região em que foi emitida ou eleva-se mais, ou menos, recebendo a resposta
imediata ou remota, segundo as finalidades a que se destina.”
É
assim que a oração, recebendo o fluxo divino e o auxílio direto dos espíritos
que a ela se vinculam, conforme nosso desejo e vontade, atua como força
medicamentosa na forma de energia salutar que invade as células do organismo
físico, provocando modificações moleculares capazes de regenerar órgãos e
tecidos, combater bactérias e vírus, sempre com a permissão de Deus e até o
limite das provas expiações que ainda nos são necessárias aos aprendizados que
nos competem diante da vida.
Oremos
sempre, como um ato de caridade que traduz em ação eficaz pela cura de uma
enfermidade, o “amai-vos uns aos outros”, ensinando e exemplificado pelo Mestre
Jesus.
Marcos
de Mario
Fonte:
Jornal Espiritismo Estudado – julho/2012
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