O mundo vivia em grandes perturbações.
As criaturas andavam empenhadas em conflitos constantes,
assemelhando-se aos animais ferozes, quando em luta violenta.
Os ensinamentos dos homens bons, prudentes e sábios eram
rapidamente esquecidos, porque, depois da morte deles, ninguém mais lhes
lembrava a palavra orientadora e conselheira.
A Ciência começava com o esforço de algumas pessoas dedicadas à
inteligência; entretanto, rapidamente desaparecia porque lhe faltava
continuidade. Era impraticável o prosseguimento das pesquisas louváveis, sem a
presença dos iniciadores.
Por isso, o povo, como que sem luz, recaía sempre nos grandes
erros, dominado pela ignorância e pela miséria.
Foi então que o Senhor, compadecendo-se dos homens, lhes enviou um
tesouro de inapreciável importância, com o qual se dirigissem para o verdadeiro
progresso.
Esse tesouro é o livro. Com ele, apareceu a escola, com a escola, a
educação foi consolidada na Terra e, com a educação, o povo começou a livrar-se
do mal, conscientemente.
Muitos homens de cérebro transviado escrevem maus livros,
inclinando a alma do mundo ao desespero e à ironia, ao desânimo e à crueldade,
mas, as páginas dessa natureza são apressadamente esquecidas, porque o livro é
realmente uma dádiva de Deus à Humanidade para que os grandes instrutores
possam clarear o nosso caminho, conversando conosco, acima dos séculos e das
civilizações.
É pelo livro que recebemos o ensinamento e a orientação, o reajuste
mental e a renovação interior.
Dificilmente poderíamos conquistar a felicidade sem a boa leitura.
O próprio Jesus, a fim de permanecer conosco, legou-nos o Evangelho de Amor,
que é, sem dúvida, o Livro Divino em cujas lições podemos encontrar a
libertação de todo o mal.
XAVIER, Francisco Cândido. Pai Nosso. Pelo Espírito Meimei. FEB.
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