quinta-feira, 28 de maio de 2015

Estudo: Dores da Alma - CRÍTICA

Livro : "As dores da alma"
AS DORES DA ALMA
(HAMMED / FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO)

4 - CRITICA



- Por projeção psicológica entende-se a atitude de perceber nos outros, com certa facilidade, nossos conflitos e dificuldades, com recusa, no entanto, de vê-los em nós mesmos

- Os paranoicos relacionam qualquer acontecimento do mundo consigo mesmos, ou, melhor dizendo, desvirtuam a realidade dos fatos, trazendo para o nível pessoal tudo o que ocorre em sua volta
- Tudo o que criticarmos, veementemente, no exterior encontraremos em nossa intimidade. Isso nos leva a entender que o ambiente em que vivemos é, em verdade, um espelho onde nos vemos exata e realmente como somos

- Tudo o que, realmente, estamos vivenciando no presente é aquilo que estamos precisando neste momento. Todo conhecimento, informação, acontecimento ou aproximação de que verdadeiramente precisamos, por certo, vivenciaremos

- Nossas afirmações diante da vida retornarão sempre de maneira inequívoca. Carmas são estruturados não somente sobre nossos feitos e atitudes, mas também sobre nossas sentenças e juízos, críticas e opiniões

- Atos ou palavras, repetidas sucessivamente, voltarão ecoando sobre nós mesmos; São “veredictos” resultantes de nossas apreciações e estimativas vivenciais

- Todas as nossas suspeitas sistemáticas têm raízes na falta de confiança em nós mesmos, e não nos outros, por isso :

(1) Se criticamos o comportamento sexual alheio, podemos estar vivendo enormes conflitos afetivos dentro do próprio lar
(2) Se tememos a desconsideração, é possível termos desconsiderado alguma coisa muito significativa dentro de nossa intimidade
(3) Se desconfiarmos de que as pessoas querem nos controlar, provavelmente não estamos na posse do comando de vida interior
(4) Se condenarmos a hipocrisia dos outros, talvez não estejamos sendo leais com nossas próprias vocações e ideais

- A crítica nociva é característica de indivíduos que não realizam nada de importante, não enfrentam desafios nem se arriscam a mudanças. Os verdadeiros realizadores deste mundo não têm tempo para censuras e condenações, pois estão sempre muito ocupados na concretização de suas tarefas

- A crítica pode ser construtiva e útil. Cada um de nós pode, livremente. Optar entre o papel de ironizar e o de realizar. Ela pode ser empregada como forma de inocentar-nos da responsabilidade de nossa própria ineficiência e de atribuir nossas frustrações e fracassos aos que, realmente, são criativos e originais

- Em muitas ocasiões, em decorrência das emoções patológicas, é perfeitamente possível pessoas
sentirem-se humilhadas, vendo atitudes de arrogância e insulto onde não existem

- No mundo interior das críticos implacáveis, pode existir uma intimidação, originalmente adquirida na
Infância, em virtude as autoridade e ameaça dos pais. Vozes do passado ecoam em suas mentes, solicitando, insistentemente, que sejam “pontuais e infalíveis”, “exatos e bem informados”, “super-responsáveis e controlados”

- As exigências do pretérito criaram-lhe um padrão de comportamento mental, caracterizado por constante cobrança e acusação, fazendo com que projetem tudo isso sobre os outros. O medo de cometerem erros e o fato de desconfiarem de si mesmos, conferem-lhes uma existência ambivalente, pois vivem, ao mesmo tempo, entre a sensação de perseguição e a de superioridade

- Desesperadamente, observam e desconfiam de si mesmos, exteriorizando e transferindo toda essa sensação de auto- acusação, condenando os outros
- Os críticos são especialistas em detectar e resolver os problemas que não lhe dizem respeito, mas, contrariamente, possuem uma grave dificuldade em aceitar a sua própria problemática existencial

- A tendência em julgar e criticar os outros, com intenção maldosa, recebe a denominação de malícia. Em outras palavras, o indivíduo nessas condições vê os outros com os olhos da “própria maldade”


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