Livro : "As dores da alma"
AS DORES DA ALMA
(HAMMED / FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO)
6 - MEDO
- Colocar nossa atenção nas coisas da vida é fator
importante para o nosso desenvolvimento mental e espiritual. Todavia, é
necessário saber direcionar convenientemente nossa percepção e atenção no
momento exato e para o lugar certo.
- Quanto mais pensarmos e voltarmos nossa atenção para
as calamidades e desastres, mais teremos a impressão de que o mundo está
limitado à nossa pessoal maneira catastrófica de vê-lo e senti-lo.
- Na oportunidade de crescimento que nos oferecem
nossas experiências, temos a oportunidade de validar e potencializar
determinadas crenças e conceitos que poderão nos desestruturar psiquicamente,
levando-nos a uma verdadeira hipnose mental. A partir disso, esquecemo-nos de
visualizar o restante do mundo que nos cerca. Passamos a viver simplesmente
voltados para a opinião que adotamos como “única verdade”, assustados e
amedrontados entre constantes atmosferas de receio e apreensão.
- O resultado do medo em nossas vidas será a perda do
nosso poder de pensar e agir com espontaneidade, pois quem decidirá como e
quando devemos atuar será a atmosfera do temor que nos envolve.
- Ancorados pelo receio e pela desconfiança, criamos
resistências, obstáculos e tropeços que nos impedem de avançar.
- As sensações do medo sobrecarregam as energias dos chacras
do plexo solar e do cardíaco, provocando, quase sempre, uma impressão de vácuo
no estômago e um descontrole nas batidas do coração.
- Aprendendo a focalizar e a desfocalizar nossas
crises, traumas, medos, perdas e dificuldades, bem como os acontecimentos
desastrosos do cotidiano. Teremos metas sempre adequadas e seguras que
favorecerão nosso progresso espiritual.
- “Sombra” é um conceito junguiano para designar a
soma dos lados rejeitados da realidade que a criatura não quer admitir ou ver
em si mesma, permanecendo, portanto, esquecidos nas profundezas da intimidade.
- Por medo de sermos vistos como somos, nossas
relações ficam limitadas a um nível superficial. Resguardamo-nos e fechamo-nos
intimamente para sentir-nos emocionalmente seguros.
- As coisas ignoradas geram mais medos do que as
conhecidas. Recusar-se a aceitar a diversidade de emoções e sentimentos de
nosso mundo interior nos levará a viver sem o controle de nossas existências,
sem ter nas mãos as rédeas de nosso destino.
- Desvendar, gradativamente, nossa “geografia
interna”, nosso próprio padrão de carências e medos, proporciona-nos uma base
sólida de autoconfiança.
- Arrependimento pode ser visto como a nossa tomada de
consciência de certos elementos que negávamos consciente ou inconscientemente,
projetando-os para fora ou reprimindo-os em nossa “sombra”.
- Tomar consciência é uma expressão moderna que
significa discernimento da vida exterior e interior, acrescida da capacidade de
julgar moralmente os atos.
- O ato de arrependimento é um antídoto contra o medo.
Quem se arrependeu é porque aprendeu que é simplesmente humano, falível e nem
melhor nem pior do que os outros. Arrepender-se é o primeiro passo para
melhorarmos e progredirmos espiritualmente.
- Os chamados tiques nervosos nada mais são do que
impulsos compulsivos de atos ou a contração repetitiva de certos músculos,
desenvolvida de forma inconsciente, para não tomarmos consciência dos conteúdos
emocionais que reprimimos em nosso “Sombra”. Os tiques são compulsões motoras
para aliviar emoções e funcionam como verdadeiros “tapumes energéticos” para
conter sentimentos emergentes.
- Enquanto o indivíduo se distrai com o tique, não
deixa vir à consciência o que reprimiu, por considerá-lo feio e pecaminoso.
- O somatório dessas emoções negadas nos causa medos
inexplicáveis que nos oprimem, afastando-nos do verdadeiro arrependimento e
prejudicando o nosso crescimento interior.
- Uma das manifestações do medo mais problemáticas
para as criaturas humanas é a denominada fobia social ou ”agorafobia”, ou seja,
é o pavor de fazer o que quer que seja em público.
- O fóbico social receia ser julgado e avaliado pelos
outros.
- Dentre as muitas dificuldades que envolvem a
“agorafobia”, a mais grave é a incerteza de nosso valor pessoal e as crenças de
baixa estima que possuímos, herdadas muitas vezes na infância.
- O sentimento de inferioridade é o grande
dificultador dos relacionamentos seguros e sadios, produzindo uma necessidade
de estarmos sempre certos e sempre sendo aplaudidos pelos outros. Tememos
mostrar-nos como somos e escondermos nossos erros, convencidos de que seremos
desprestigiados perante nossos companheiros e amigos.
- Diversas matrizes do medo se fixaram na vida
infantil. Os pais autoritários e rudes que estabeleceram um regime educacional
duro e implacável, impondo normas ameaçadoras e punitivas, criaram na mente das
crianças a necessidade de mentir e fantasiar constantemente. Dessa maneira,
elas passaram a viver de forma que agradassem a todos numa enorme necessidade
de aprovação e numa atmosfera de insegurança
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