Conhecendo mais sobre o
Carma.
Nosso Estudo terá base com
as informações trazidas pelo Espírito Ramatís
FISIOLOGIA DA ALMA - Psicografia de
Hercílio Maes
PARTE 1/8
13. Condições Gerais sobre o
Carma
PERGUNTA: — Qual a
verdadeira significação da palavra “Carma” tão usada entre os
reencarnacionistas, e que tem relação particularmente com as vidas anteriores?
RAMATIS: — Carma é
palavra que deriva do sânscrito (kri) ou seja “fazer”. Os hindus são os que
mais a empregam, considerando-a como vocábulo técnico mais apropriado para
designar a ação e o seu efeito correspondente nas encarnações sucessivas dos
espíritos na Terra. Para eles, toda ação é Carma; qualquer trabalho ou ensamento
que produzir algum efeito posterior é Carma. E a lei de Causa e Efeito, como a
chamais, com seu saldo credor ou devedor para com o espírito encarnado. Os atos
praticados por pensamentos, palavras ou obras, nas vidas anteriores, ou seja em
vidas subseqüentes, devem trazer venturas ou acarretar desgraças aos seus próprios
autores, na proporção entre o bem e o mal que deles resultou.
Os seus efeitos,
portanto, atuam posteriormente sobre a felicidade, a vontade, o caráter e os
desejos do homem em suas vidas futuras. Embora pareçam anular o livre arbítrio,
são forças que resultam sempre dos próprios atos individuais do pretérito. E o
efeito agindo e dominando a própria vontade do ser, mas reagindo exatamente de acordo
com as próprias causas que ele engendrou. A lei de Causa e Efeito registra as
ações boas ou más; a lei do Carma procede ao balanço das ações registradas e dá
a cada espírito o “saldo” que lhe cabe em resultados bons ou maus.
Metafisicamente, a
palavra “Carma” refere-se ao destino traçado e imponderável, que atua tanto nas
coisas animadas como nas inanimadas, pois rege e disciplina todos os ciclos da
vida, que vão desde o finito ao infinito, do átomo à estrela e do homem ao
Universo! Há, pois, o Carma do homem, o da família, o da nação, o do continente
e o da humanidade. E, assim como se engendram destinos futuros fundamentados
nos atos ou pensamentos do homem — que serão regidos e disciplinados pelo seu
Carma — também os orbes que balouçam no espaço obedecem a um determinismo
cósmico, de reajustamento de sua massa planetária, em concomitância com o
efeito das causas coletivas de suas próprias humanidades. Há que considerar,
portanto, desde o Carma atômico que rege o princípio de vida microscópica no
Cosmo, para a formação da matéria, até o Carma do Universo, que então já é a
Lei Cósmica manifestada fora do tempo e do espaço.
Com referência ao Carma
do homem, convém lembrar que Jesus muitas vezes advertiu sobre a existência de
uma lei disciplinadora do mecanismo de relações entre os seres, e que liga as
causas aos seus efeitos correspondentes, quando afirmou: “Quem com ferro fere
com ferro será ferido” ou “Cada um há de colher conforme for a semeadura”.
Esses conceitos de Jesus não deixam dúvida de que o espírito há de sempre
sofrer os efeitos na esteira das reencarnações físicas, submetido
implacavelmente ao determinismo das causas que gerou.
Tais conceitos vêm a ser
os mesmos da Lei de Causa e Efeito, isto é, de que todas as causas engendram
efeitos futuros de igual intensidade e responsabilidade, com a diferença,
porém, de que éLei imutável e severa, que tanto disciplina os fenômenos da vida
planetária, o amor entre os seres e a afinidade entre as substâncias, como
governa a coesão entre os astros dispersos pelo Cosmo.
Nenhum acaso rege o destino
das coisas; é a lei do Carma que tudo coordena, ajusta e opera, intervindo
tanto nos fenômenos sutis do mundo microscópico, como na vastidão imensurável
do macrocosmo.
Ela tem por único
objetivo dirigir o aperfeiçoamento incessante de todas as coisas e seres, de há
muito já previsto nos grandes planos que fundamentam a harmonia da Criação.
As vossas condições
psíquicas ou físicas, aí na Terra, decorrem exatamente do engendramento das
causas cármicas que já efetuastes noutras vidas; se atualmente usufruís
alegria, paz e ventura, apenas gozais o efeito cármico das boas sementes
lançadas alhures; se vos dominam a dor, a amargura, e as vicissitudes repontam
em vossa existência, não culpeis a Deus, nem a qualquer “destino” injusto e fatídico
inventado por alguém pois, de qualquer modo, só estareis ceifando o resultado
do plantio descuidoso do passado! As regras inflexíveis de que “a semeadura é
livre mas a colheita é obrigatória”, e a de que “a cada um será dado conforme
as suas obras”, não abrem exceções a quem quer que seja, mas ajustam todas as
criaturas à disciplina coletiva tão necessária ao equilíbrio e harmonia da humanidade
do vosso orbe.
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