Obaluaê
Saudação: Atotô Obaluaê!
Dia da semana: segunda-feira
Data comemorativa: 17 de dezembro
Cores: preto e branco
Conhecendo mais o Orixá
Obaluaê, também conhecido como Omulu, é
o Orixá da cura das doenças e das pestes.
É sincretizado com São Lázaro, o santo
que voltou dos mortos e, em alguns terreiros, também com São Roque, o santo que
fora contaminado com uma peste, se curou e é invocado na cura de epidemias e
doenças contagiosas.
Certamente por estas histórias, São
Roque e São Lázaro passaram a ser sincretizados com Obaluaê, Orixá que possui
os mesmos atributos, ou seja, senhor dos mortos e curador das pestes. Não é
demais lembrar que apesar da semelhança entre eles, não podemos confundi-los.
São Lázaro e São Roque são santos confirmados pela Igreja Católica, tiveram
suas passagens pela Terra. Já Obaluaê é um Orixá que teve seu culto
iniciado na África, chegando ao Brasil e demais países da América Latina
por intermédio dos negros escravos, sendo posteriormente adotado como
Orixá na Umbanda.
Uma dúvida muito comum entre os irmãos
Umbandistas é se Obaluaê e Omulu são o mesmo Orixá ou são Orixás distintos.
A resposta é afirmativa ao primeiro entendimento. Falar em Obaluaê ou
Omulu é falar no mesmo Orixá. A diferença é que o nome Obaluaê está ligado à
manifestação jovem deste Orixá, guerreiro, caçador e lutador. Já Omulu
representa a sua manifestação velha, de sábio, feiticeiro e guardião. A palavra
Obaluaê vem do Yorubá Obàlúwàiyé que quer dizer "Rei
Senhor da Terra" e Omulu significa "Filho do Senhor". Todavia,
Obaluaê e Omulu representam um só Orixá.
Arquetipicamente, Obaluaê tem seu corpo
coberto por palha da costa, em razão de possuir feridas na pele. Também o fato
de Obaluaê possuir seu corpo coberto por palha da costa representa o mistério,
especificamente, o mistério da morte que para nós encarnados ainda não está
revelado.
Obaluaê é tido como senhor da cura, e é
o transmutador de energias, aquele que encaminha as almas recém desencarnadas.
Assim, sempre que se adentra em um cemitério se saúda Obaluaê, assim como se
saúda Iansã.
OBALUAYÊ
É o Orixá que atua na Evolução e seu
campo preferencial é aquele que sinaliza as passagens de um nível vibratório ou
estágio da evolução para outro.
O Orixá Obaluaiyê é o regente do
pólo magnético masculino da linha da Evolução, que surge a partir da projeção
do Trono Essencial do Saber ou Trono da Evolução.
O Trono da Evolução é um dos sete
Tronos essenciais que formam a Coroa Divina regente do planeta, e em sua
projeção faz surgir, na Umbanda, a linha da Evolução, em cujo pólo magnético
positivo, masculino e irradiante, está assentado o Orixá Natural Obaluaiyê, e
em cujo pólo magnético negativo, feminino e absorvente está assentada a Orixá
Nanã Buruquê. Ambos são Orixás de magnetismo misto e cuidam das passagens dos
estágios evolutivos.
Ambos são Orixás terra-água
(magneticamente). Obaluaiyê é ativo no magnetismo telúrico e passivo no
magnetismo aquático. Nanã é ativa no magnetismo aquático e passiva no
magnetismo telúrico. Mas ambos atuam passivamente, o outro atua ativamente.
Nanã decanta os espíritos que irão
reencarnar e Obaluaiyê estabelece o cordão energético que une o espírito ao
corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcança o
desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).
É o mistério “Obaluaiyê” que reduz o
corpo plasmático do espírito até que fique do tamanho do corpo carnal alojado
no útero materno. Nesta redução, o espírito assume todas as características e
feições do seu novo corpo carnal, já formado.
Muito associam o divino Obaluaiyê
apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluaiyê
é muito mais do que já o descreveram.
Ele é o “Senhor das Passagens” de um
plano para outro, de uma dimensão para a outra, e mesmo do espírito para a
carne e vice-versa.
Atotô Obaluaê!
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