Nosso Estudo terá base com as informações
trazidas pelo pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda,
Li-Mahi-An-Seri yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda .
"O Código de Umbanda" – psicografada
por Rubens Saraceni.
PARTE 4
ELEMENTOS DE MAGIA
Nós, mentores responsáveis pela linha do conhecimento do Ritual de Umbanda
Sagrada, às vezes (muitas para ser franco) nos sentimos magoados com a falta de
explicação acerca dos elementos de magia, pois ela é de competência dos pais e
mães de Umbanda. Infelizmente, eles têm dedicado tão pouca atenção a esse
assunto, que muitos Guias de Lei (espíritos atuantes na incorporação) sentem-se
constrangidos quando têm de "receitar" certas obrigações aos
consulentes das tendas onde atuam.
Sim, existe um descaso total nesse aspecto, e isso tem dado farta munição
aos adversários religiosos da Umbanda, e mesmo do Candomblé, pois esse
desconhecimento de causa pelos próprios médiuns os tem impedido de sustentarem
suas próprias praticas mediúnicas, todas fundamentadas na movimentação de elementos
mágicos ou magísticos.
Mágico = movimentação de energias Magístico = ativação de processos
mágicos Quantos médiuns não desconhecem o próprio significado das velas coloridas
que acendem aos seus orixás?
Quantos não desconhecem o porquê da queima de pólvora ou dos banhos
de ervas ou de sal grosso?
Quantos fazem obrigações, mas intuitivamente, porque desconhecem
seus reais fundamentos?
Quantos não cantam os "pontos", mas sem convicção ou
vibração, só porque desconhecem seus fundamentos ocultos, seus poderes
vibratórios e magísticos, e mesmo, seus valores rituais?
Quantos, ao fazerem um "despacho", não se sentem
constrangidos, pois desconhecem o real significado e valor simbólico que eles
têm pra quem os recebe?
São tantas perguntas semelhantes a estas que é melhor pararmos por aqui
e comentarmos o que já temos, senão nosso livro irá virar uma enciclopédia. Mas
seremos objetivos para não nos alongarmos demais nesse capítulo.
Vamos aos elementos rituais:
Normalmente uma oferenda contém vários elementos materiais que à primeira
vista parecem não ter fundamento. Mas na verdade, todos têm e são facilmente
explicáveis.
Frutas, velas, bebidas, flores, perfumes, fitas, comidas, etc.,
tudo obedece a uma ordem de procedimentos, todos afins a que se destinam.
Senão, vejamos:
Frutos: são fontes de energias que têm várias aplicações no plano etérico.
Cada fruta é uma condensação de energias que forma um composto energético que,
se corretamente manipulado pelos espíritos, tornam-se plasmas astrais usados
por eles até como reservas energéticas durante suas missões socorristas.
As frutas também servem como fontes de energias sutilizadoras do corpo
energético dos espíritos, e como densificadoras dos corpos elementares dos
seres encantados regidos pelos orixás e que atuam na dimensão espiritual, onde
sofrem desgastes acentuados, pois estão
atuando num meio etérico que não é o deles.
Para efeito de comparação, podemos recorrer aos trabalhadores que manipulam
certos produtos químicos e precisam ingerir grandes quantidades de leite para
desintoxicá-los ou aos que trabalham em fornalhas e precisam ingerir grandes
quantidades de líquidos para se reidratarem. Sim, os encantados são seres que,
quando fora das suas dimensões de origem sofrem fortes desgastes energéticos.
E esse mesmo desgaste sofre os espíritos que atuam como curadores, quando
doam suas próprias energias aos enfermos, tanto os desencarnados quanto os
encarnados.
É certo que para si só, um espírito ou um encantado não precisa de alimento
algum, ou mesmo da luz de uma vela. Mas os que atuam nas esferas mais densas
sofrem esgotamentos parecidos com os mineiros que trabalham em minas profundas.
E os que atuam como curadores doam tanto de suas energias que muitos precisam
descansar um pouco após socorros mais demorados junto aos enfermos.
Já escreveram tanto sobre Umbanda, Espiritismo, Candomblé, espiritualismo,
etc., e, no entanto ensinam muito pouca ciência espiritual no que escrevem.
Bem, voltando ao nosso comentário, o fato é que as frutas têm
muitas utilidades aos espíritos e aos seres encantados que atuam junto dos médiuns
umbandistas.
Romã, mamão, manga, uva, abacaxi, laranja, jabuticaba, pitanga,
etc., fornecem energias que podem ser armazenadas dentro de "frascos cristalinos"
existentes no astral e que, depois de armazenadas, basta aos seus manipuladores
lhes acrescentar uma energia mineral que o
conteúdo do frasco transforma-se numa fonte irradiante, e inesgotável,
de um poderoso plasma energético ao qual recorrerão para curar espíritos
enfermos ou pessoas doentes sempre que precisarem.
Afinal, se fosse só para "comer" os frutos, para que um
guia espiritual recomendaria ao seu médium uma trabalhosa oferenda? Seria mais
prático ele comer na própria casa do médium ou ir a algum mercado, onde se
fartaria de tantas frutas que neles existem, não é mesmo?
Só que ninguém atenta para isto: uma oferenda é um ato religioso realizado
no ponto de forças de um orixá, que irá fornecer ao espírito que trabalha com o
médium um de seus axés, utilizado de imediato, ou posteriormente, em trabalhos
os mais diversos.
Uma oferenda obedece a todo um ritual magístico, que por isso
mesmo, ou é feito religiosamente ou não passará de uma panacéia. Orixá algum admite
panacéias em seus campos vibratórios e domínios energéticos (axés).
Reflitam sobre o que foi escrito porque a oferenda ritual seja ela como
ou qual for, é um procedimento religioso. E tem de ser entendida e respeitada
como tal, pois no lado oculto e invisível sempre há uma divindade que nela
atuará diretamente, ou através de seus encantados
ou de espíritos incorporados às suas hierarquias ativas.
Esse procedimento é correto, recomendável e fundamentado em
preceitos religiosos. Só durante uma oferenda ritual os guardiões dos axés, após
certificarem-se de que eles terão um uso amparado pela Lei Maior, os liberam
para o uso particular dos espíritos atuantes nas tendas. Ou alguém acredita que
os axés são liberados para uso profano?
Atentem bem para o que foi escrito aqui. Só um desconhecedor dos procedimentos
ritualísticos desconhece o fundamento das oferendas rituais.
Afinal, para que um exu de Lei perderia seu tempo acompanhando todo
o ritual de despacho de algumas garrafas de marafo na terra? Não seria mais
lógico ir a uma destilaria e embriagar-se com os vapores etílicos, lá emanados
em abundância?
Existe toda uma ciência divina nos processos ritualísticos, e um
exu de Lei a conhece muito bem, além de saber manipular as energias que extrairá
dos elementos materiais que lhe forem oferendados.
Apenas uma advertência aos incautos de boa fé: já vimos frango
assado em oferendas. Ou
quem oferendou nada entende de oferendas rituais ou está sendo enganado por
algum quiumba muito astuto, pois frango assado não tem valor ritualístico, e
muito menos magístico ou energético.
Até onde sabemos, só eguns (espíritos soltos no tempo) alimentam-se
das emanações etéricas dos alimentos cozidos ou de uso na mesa das pessoas. Mas
quem tem uma porção de eguns atuando disfarçados de exus de Lei, isso tem!
Logo, que seus afins encarnados os alimente, certo?
Bem, o fato é que muitos exus, se exigem o sacrifício de uma ave (galo)
ou de um animal de quatro patas ( bode), no entanto assim procedem por causa da
poderosa emanação energética que colherá durante o ritual, já que atua em
níveis vibratórios muito mais densos que o do plano material. Existe todo um
conhecimento a respeito, mas ele não está aberto a comentários, pois é ritual
fechado.
As suas oferendas têm de obedecer a toda uma ritualística ou é
melhor nada fazer. Além do mais, exu que vive pedindo despachos, ou está
"pagando" dívidas pessoais ou não tem a força que faz seu médium crer
que possua, pois exu assentado obedece aos mesmos procedimentos rituais dos
orixás: nos dias de trabalho o médium tanto deve firmar o congá quanto a
tronqueira onde o exu está assentado.
Assim tem procedido com todos os exus guardiões dos médiuns dirigentes
de tendas, e assim devem proceder com os exus dos médiuns que o auxiliam: devem
firmar sua esquerda na tronqueira do terreiro de seu pai ou mãe espiritual
enquanto freqüentarem os trabalhos dirigidos por eles e sustentados no astral,
tanto pelos orixás da casa quanto pelo exu guardião dela. Só procedendo assim,
nenhum trabalho realizados pelos guias dos médiuns-auxiliares, refletirá sobre
suas vidas pessoais.
Mas... quantos pais e mães de Umbanda tÊm uma tronqueira assentada corretamente,
e com espaço suficiente para acomodar o assentamento de seus filhos e filhas de
Fé? E a quantos deles isso foi ensinado por seus pais espirituais?
Dentro dos rituais, muitas coisas têm sido relevadas pelos orixás. Eles
não imputam aos seus filhos o ônus de um procedimento errado, pois sabem que
nada nesse sentido lhes foi ensinado no plano material.
Mas, se os dirigentes espirituais souberem e se dispuserem a ter
uma tronqueira nesses moldes, sentirão de imediato como se fortaleceu a esquerda
"geral" da tenda que dirige.
Sim, pois a partir do assentamento da esquerda de seus filhos espirituais,
os exus guardiões deles, (não os exus de Lei- trabalho) passarão a dar
cobertura direta aos seus médiuns, e com isso diminuirá em muito os problemas
pessoais dos médiuns, e o amparo que têm d receber do exu guardião da tenda que
freqüentam.
Isso é ciência, filhos de Fé!
Todo ritual ou procedimento ritualístico possui fundamentos pouco estudados
pelos dirigentes espirituais, que vivem assoberbados com tantos pedidos de
socorro e ajuda que recebem tanto de seus médiunsauxiliares quanto dos
freqüentadores das tendas que dirigem.
Saibam que vela é elemento magístico por excelência. Uma vela acendida
pelos médiuns, ao redor do assentamento do exu guardião da tenda, mas aos seus
próprios exus, de imediato ativam os mistérios cósmicos guardados por eles, e
os colocam à disposição dos protetores dos trabalhos que serão realizados.
Saibam que, se todo médium tem um orixá de mesmo grau que o do dirigente
espiritual, eles também possuem um exu guardião com o mesmo grau que o do
guardião da tronqueira. Mas assim como o orixá do dirigente atua num campo e os
de seus médiuns atuam em outros, assim acontece com os exus guardiões deles.
Exu guardião não é o mesmo que exu de Lei, pois este é o exu incorporante
que atua no nível terra dando consultas ou guardando os seus médiuns.
Já, os exus guardiões zelam mistérios cósmicos (negativos), e atuam
em níveis vibratórios onde as energias ali existentes são poderosíssimas, e são
manipuladas só por eles, os exus guardiões dos processos magísticos negativos
ou cósmicos.
Muitos médiuns possuem em suas esquerdas exus com os nomes Tranca-Ruas,
Marabô, Sete Encruzilhadas, Porteira, etc., mas estes exus são os que chamamos
exus de Lei ou exus de trabalho no plano terra, e que são, todos eles,
sustentados pelos exus guardiões dos mistérios, que também respondem por esses
nomes simbólicos só para não se revelarem ao plano material.
Saibam que os orixás regentes das linhas de Umbanda, ao contrário
do que dizem ou ensinam muitos livros de Umbanda, regem tanto a direita quanto
a esquerda, pois nelas exu não é um elemento solto ou que atua livremente. Todos
obedecem aos orixás.
Os orixás intermediários assentam à direita suas hierarquias
positivas e à esquerda as hierarquias negativas, que na Umbanda formam as
linhas de caboclos e exus, caboclas e bombo-giras, etc.
Nestes pólos estão assentados orixás ou espíritos ascencionados com
grau de intermediadores, e que na Umbanda são chamados de Orixás Intermediadores.
Os que estão assentados à esquerda dos orixás intermediários
assumem o grau de exus guardiões e regem hierarquias que assumem os nomes simbólicos
com que seus membros se apresentam quando incorporam nos médiuns para
realizarem trabalhos magísticos.
Assim, se o médium firma seu exu de trabalho na tronqueira do exu guardião
do templo, este passa a contar com o auxílio velado do exu guardião do médium,
que não pode ser assentado ali, pois é tronqueira de outro exu guardião com o
mesmo grau hierárquico, já que ambos respondem aos orixás intermediários
regentes das faixas vibratórias.
Existe todo um conhecimento ainda não aberto ao plano material
sobre o mistério "Exu de Umbanda".
O que temos visto é pouco se comparado ao que é indispensável aos médiuns,
pois tudo fica um tanto confuso em suas mentes por causa desse tabu que envolve
os exus.
Saibam que exu precisa de seus elementos mágicos ou recursos energéticos.
Tendo-os à mão, mas no plano material, melhor desempenha suas funções de
protetores cósmicos e de exus de Lei, de ação e reação cármica.
Assim, temos elementos energéticos de uso exclusivo dos espíritos
que atuam através da esquerda dos médiuns e não devem temer o uso que darão a
eles, pois os exus são regidos pela Lei e a respeitam muito mais do que os seus
próprios médiuns.
Não vamos listar os elementos mágicos usados por eles, mas que são fundamentais,
não tenham dúvidas!
oi boa tarde então eu posso dar uma oferenda para minha pombagira na minha casa eu não vou em centros mais tenho minhas pombagiras e Exus e caboclo preto velho
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