Nosso Estudo terá base com as informações
trazidas pelo pelos mestres de luz Sr. Ogum Beira Mar, Pai Benedito de Aruanda,
Li-Mahi-An-Seri yê, Seiman Hamiser yê e Mestre Anaanda .
"O Código de Umbanda" – psicografada
por Rubens Saraceni.
PARTE 2
Nós, os mestres da Luz, sabemos quais são os nomes dos Tronos e
como pronunciá-los. Mas nos limitamos a escrever alguns, já deste terceiro nível
vibratório e não ensinamos suas pronúncias mantrânicas, ou seus mantras, pois
são proibidos. E se às vezes escrevemos alguns é porque fomos instruídos a tanto
por quem de direito, certo?
Saibam que as sete projeções criam 14 pólos magnéticos que se projetam
e criam novos pólos, em numero de 49 pólos positivos e 49 pólos negativos,
criando o quarto nível vibratório, que é o nível dos Tronos Intermediários.
Este quarto nível projeta-se e surge o quinto nível vibratório.
Este quinto nível é o dos Tronos Intermediadores.
Este quinto nível projeta-se e surge o sexto nível vibratório, cujo
magnetismo é o mais próximo do nosso, que saem os orixás individuais dos médiuns,
tanto os da Umbanda quanto os do Candomblé.
Ou de onde é que vocês pensam que saem tantos Oguns de Lei, Oguns Beira-mar,
Oxuns, Xangôs, Iansãs, Omulus, Oxalás, que regem os médiuns?
É certo que todo médium tem o seu "santo". Mas estes
santos entendam, são orixás que saem já do sexto nível vibratório das
hierarquias divinas, que começam a surgir já no segundo nível vibratório. Sim quando
o Trono da Fé irradiou-se, surgiram dois pólos diferenciados: um masculino e
outro feminino; um irradiador e outro atrator; um positivo e outro negativo,
etc.
E o mesmo aconteceu com os outros Tronos que, com suas irradiações,
deram início ao surgimento de hierarquias distintas, mas voltadas para o mesmo
objetivo: amparar a evolução dos seres, das criaturas e das espécies.
Saibam que estes orixás Intermediadores são os responsáveis pelas linhas
de ação e de trabalho que atuam nos templos de Umbanda. É através delas que os
espíritos que se reintegraram às hierarquias se manifestam durante os trabalhos
espirituais usando nomes simbólicos que identificam a qual linha estão
agregados.
Muitos desses Tronos Intermediadores são espíritos já ascensionados
e hoje retornam para acelerar a evolução espiritual dos seus afins que ainda
não concluíram o estágio encarnacionista ou ainda estão muito ligados ao plano
material.
Estes Tronos Intermediadores criaram suas hierarquias de ação e trabalho,
algumas já com vários milênios de idade, para melhor atuarem no astral junto
dos espíritos, e no plano material junto às pessoas espalhadas nas muitas
religiões.
No astral estas linhas de ação e trabalho assumem o nome de
"ordens", e seus regentes ou diretores são os Orixás Intermediadores
ou espíritos ascensionados que reassumiram seus graus de Tronos Intermediadores,
os quais deixaram vagos quando encarnaram para, incorporados à corrente humana
da evolução, auxiliarem seus afins no estágio humano da evolução.
Setenta por cento das linhas de ação e de trabalho do Ritual de Umbanda
Sagrada são dirigidas por Tronos humanizados, ou seja, são Tronos que
encarnaram, desenvolveram uma consciência e toda uma religiosidade humana e
hoje estão aptos a entender o nosso comportamento, diferente, em vários
aspectos, do comportamento dos seres encantados, que são seres que nunca
encarnaram.
Os orixás Intermediários assentam estes Tronos humanizados à
direita ou esquerda, abrem-lhes os mistérios dos regentes planetários e os religam
com seus ancestrais. Depois os religam magnética, energética e vibratoriamente
com um dos quatorze Orixás Naturais e este orixá os regerá através da
irradiação vertical ou direta, direcionando-os, daí em diante, para onde o
orixá intermediário que os assentou achar que são mais úteis aos espíritos
humanos.
Saibam que estas ordens espirituais ou linhas de ação e de trabalho
não são estáticas. Seu número nunca para de crescer, e sempre estão surgindo
novas linhas dentro da Umbanda, pois as ordens astrais cresceram tanto no
astral, que já têm condições de atuar também junto aos espíritos encarnados que
lhes são afins, ou que a elas já pertenciam quando ainda viviam no astral
aperfeiçoando seus conhecimentos. "Caboclo", "Preto-velho",
"criança" e "exu", dentro do ritual de Umbanda Sagrada ,
são graus simbólicos e indicam os campos de atuação dos espíritos.
Caboclos atuam num campo ·
Pretos-velhos atuam em outro campo ·
Crianças atuam em outro mais
Exu atua nos campos à esquerda dos médiuns
Por isso temos caboclos de Oxossi, Ogum, Xangô, Oxum, Yemanjá, etc.
Estes espíritos são regidos pelo mistério "Guardião da
Lei" . Já os Pretos-velhos de Oxossi, Xangô, Yemanjá, Nanã, Obaluaiyê,
Omulú e Oxalá são regidos pelo mistério "Ancião". As crianças, de
Oxum, Yemanjá, Iansã, Oxalá são regidas pelo mistério "Renovação". Os
exus de todos os orixás são regidos pelo mistério "Executor da Lei".
No feminino, tudo se repete. Toda linha tem de ter bipolaridade em todos
os sentidos, senão ela não é uma linha ativa, e sim passiva.
Elementos opostos criam todo um campo eletromagnético por onde
fluem diversas energias que, aí sim, misturadas ou amalgamadas, fornecem as condições
ideais para os seres irem se dentificando com um ou outro elemento.
As linhas de Umbanda, em nível terra, nos mostram a perfeição do Criador
em tudo o que cria, pois nas polarizações ou oposições vibratórias,
energéticas, magnéticas, etc., os espíritos vão fortalecendo seus próprios
magnetismos, vão ampliando sua capacidade individual e suas faculdades mentais,
mas sempre balizados pelas oposições vibratórias, etc., já que, se se afastarem
muito de suas linhas, os choques os impelirão a retornar a elas, caso queiram
se reequilibrar e retomar a evolução espiritual.
As linhas de ação e de trabalho de Umbanda tem uma função
excepcional justamente neste reequilíbrio das pessoas, pois os guias
espirituais que atuam sob a irradiação dos seus regentes procuram reconduzir
que os consulta de volta à sua linha de origem.
Eles instruem, esclarecem dúvidas, consolam os aflitos, devolvem a confiança
aos descrentes e, quando recomendam ao consulente que faça uma oferenda a este
ou àquele orixá, na verdade estão restabelecendo uma ligação ancestral ou
recolocando o consulente sob a irradiação direta do seu regente ancestral.
Saibam que o Orixá Ancestral jamais deixa de irradiar a nenhum de seus
filhos. Mas o filho que entra no ciclo reencarnacionista passa por um
adormecimento mental e seu magnetismo original, que o mantém ligado ao seu
ancestral, também é enfraquecido.
E isto acontece para beneficia-lo, pois só amortecendo a atração
que sente pelo seu ancestral é que ele poderá ser atraído pelo magnetismo dos
outros orixás com os quais desenvolverá novas faculdades, novos sentidos, novos
dons e novos padrões ou tipos de magnetismos.
Saibam que no trabalho geral (consultas) todos os guias espirituais
atuam visando amparar e acelerar a evolução dos espíritos e das pessoas que
afluem aos centros de Umbanda nos dias de trabalho. Mas no trabalho individual,
um guia difere do outro, pois atuam em diferentes campos vibratórios,
energéticos e magnéticos.
Uma Cabocla do Mar não atua no mesmo campo de um Caboclo do Fogo ou
das Matas. Não mesmo!
Caboclas do Mar são regidas pelo Trono da Geração, que atua na criatividade,
na maternidade e no amparo à vida. Um Caboclo do Fogo é regido pelo Trono da
Justiça, que atua no equilíbrio, na razão e na manutenção da estabilidade emocional.
Um Caboclo das Matas é regido pelo Trono do Conhecimento, que atua no
raciocínio, no estimulo ao aprendizado, no crescimento interior através do
autoconhecimento.
Com isto esclarecido, então temos as maternais Caboclas do Mar, despertando
o amor fraterno, paterno e materno em quem as consulta.
Temos os judiciosos Caboclos do Fogo aparando as arestas (imperfeições)
e estimulando o senso de justiça e de equilíbrio em quem os consulta. Temos os
doutrinadores Caboclos das Matas ensinando receitas, curando doenças,
estimulando o aprendizado e orientando o raciocínio de quem os consulta.
Fraternidade, equilíbrio e aprendizado, eis o que estas três linhas
de ação e de trabalho de Umbanda irradiam o tempo todo através dos espíritos
que se integraram a elas para melhor auxiliarem a evolução de seus afins
adormecidos na carne ou ainda menos evoluídos.
Cada linha de ação de trabalho de Umbanda responde por um nome simbólico
que identifica qual é o Trono Ancestral que a rege, ou a quais ela está ligada.
Vamos a um exemplo: linha das Sete Pedreiras O Próprio nome, Sete
Pedreiras, já diz que ela atua nas Sete Linhas de Umbanda, ou nas sete
vibrações originais, mas em nível de intermediário, pois temos tanto uma Iansã
quanto um Xangô das Sete Pedreiras, etc.
Esta linha é regida pela quarta linha de Umbanda, que é a linha da Justiça,
que é regida em seu pólo magnético passivo por Xangô e em seu pólo magnético
ativo por Iansã.
Ele é masculino e passivo, ela é feminina e ativa.
Ele é fogo, ela é ar.
Ele é justiça, ela é a lei.
Ele se irradia em linha reta e em corrente contínua, ela se irradia
em linha espiralada e em corrente alternada.
Nesta linha horizontal, pois é um nível vibratório, os caboclos são
ativos e as caboclas são passivas. E o mesmo acontece na linha de nível
negativo que lhe é oposta, onde os exus são ativos e as pombagiras são
passivas.
Ativo = incorporante·
Passivo = não incorporante
Como o próprio nome diz que é "sete", então tanto a orixá
Iansã quanto o orixá Xangô Sete Pedreiras possuem orixás Intermediadores para
as outras seis irradiações, vibrações e magnetismos. E com isto toda uma
hierarquia nível intermediário se inicia e é sustentada por estes dois orixás,
que são Tronos de quarto nível vibratório, mas que atuam em beneficio dos sete
Tronos Planetários, que são as sete individualizações do Trono das Sete
Encruzilhadas.
Muito esclarecedor, axé!
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