quinta-feira, 31 de julho de 2014

Saberes diferentes





Narra-se que, num largo rio, de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora.
Como quem gosta de falar muito e com ar altivo, o advogado pergunta ao barqueiro: Companheiro, você entende de leis? Não. Responde o barqueiro. E o advogado compadecido acrescenta: É pena... Você perdeu metade de sua vida!
A professora, então, muito social, adentra na conversa: Seu barqueiro, você sabe ler e escrever? Também não. Responde o remador. Que pena! - condói-se a mestra. Você perdeu metade de sua vida! Nisso, uma onda muito forte vira o barco.
O canoeiro, preocupado, pergunta: Vocês dois sabem nadar? Não! Responderam eles rapidamente, em conjunto. Então é pena! - conclui o barqueiro - vocês perderam toda sua vida!
O texto do educador Paulo Freire mostra, com bom humor e profundidade, que não há saber maior ou saber menor, apenas saberes diferentes. Todos somos importantes e sempre temos algo a contribuir para com a sociedade.
Cada um com suas habilidades, na sua área de conhecimento específico, fazemos parte de uma grande engrenagem, tanto na Terra, como no Cosmos. Para que essa engrenagem funcione bem, os dentes precisam estar bem encaixados, uns oferecendo, outros recebendo e vice-versa.
Juntos formamos um organismo completo, onde as pequenas e importantes peças, sempre solidárias entre si, complementam-se, preenchendo as deficiências umas das outras. A Lei maior do progresso dita que todos, um dia, saberemos tudo sobre tudo. Porém, neste longo caminho a ser trilhado, vamos adquirindo tais conhecimentos gradualmente.
A Sabedoria Divina, sempre fabulosa, faz com que tenhamos uma interdependência entre nós, para que nos ajudemos mutuamente e não nos isolemos.
Desta forma as sociedades precisam dos advogados, das professoras, dos médicos. Mas também carecem dos barqueiros, dos garis, dos músicos, etc. É nisto que está a beleza da vida, das habilidades que se complementam e se auxiliam para que todos possam não só viver, mas bem viver .
REFLETINDO...
Nunca desmereça os serviços aparentemente simples e maquinais. Os trabalhos manuais enriquecem a alma, da mesma forma que aqueles que exigem muitos conhecimentos.
Cada um deve servir com suas forças, com aquilo que tem de melhor. Nossas diferenças nos enriquecem nos fazem aprender uns com os outros em toda ocasião. Aproveitemos as oportunidades de aprender com o diferente, construindo no íntimo as virtudes da humildade e do respeito. Viva a diferença que pode conviver em harmonia!
PENSE NISSO!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Aos amigos da vida




Existem pessoas em nossas vidas que nos deixam felizes pelo simples fato de terem cruzado o nosso caminho.
Algumas percorrem ao nosso lado, vendo muitas luas passarem, mas outras apenas vemos entre um passo e outro.
 A todas elas chamamos de amigo.
Há muitos tipos de amigos.
Talvez cada folha de uma árvore caracterize um deles.
O primeiro que nasce do broto é o amigo pai e o amigo mãe.
Mostram o que é ter vida.
Depois vem o amigo irmão, com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós.
Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos o bem.
Mas o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iam cruzar o nosso caminho.
Muitos desses denominados amigos do peito, do coração. São sinceros, são verdadeiros. Sabem quando não estamos bem, sabem o que nos faz feliz...
Às vezes, um desses amigos do peito estala o nosso coração e então é chamado de amigo namorado.
Esse dá brilho aos nossos olhos, música aos nossos lábios, pulos aos nossos pés.
Mas também há aqueles amigos por um tempo, talvez umas férias ou mesmo um dia ou uma hora.
Esses costumam colocar muitos sorrisos na nossa face, durante o tempo que estamos por perto.
Falando em perto, não podemos esquecer-nos dos amigos distantes.
Aqueles que ficam nas pontas dos galhos, mas que, quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra.
O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. Algumas nascem num outro verão e outras permanecem por muitas estações.
 Mas o que nos deixa mais feliz é que as que caíram continuam por perto, continuam alimentando a nossa raiz com alegria.
Lembranças de momentos maravilhosos enquanto cruzavam com o nosso caminho.
Desejo a você, folha da minha árvore, Paz, Amor, Saúde, Sucesso, Prosperidade...
Hoje e Sempre... simplesmente porque:
Cada pessoa que passa em nossa vida é única.
Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós.
Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada.
Esta é a maior responsabilidade de nossa vida e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.

domingo, 20 de julho de 2014

O Verdadeiro Amigo





Filhos amados,
Calcados naquilo que nosso senhor Jesus Cristo falou a gente pergunte: quem são os nossos amigos? É muito fácil vocês descobrirem quem são os verdadeiros amigos. O verdadeiro amigo é aquele que é capaz de compartilhar com você coisas grandes, a fé, a caridade, a solidariedade. Amigo é aquele que, mesmo sabendo que você errou, é capaz de silenciar o máximo que puder para você jamais perder a auto estima. Amigo é aquele que, nos instantes de alegria, é capaz de nos abraçar e sorrir unido a nós e levar a notícia dessa alegria para que outros também se alegrem. O amigo é capaz de estar presente no instante em que a gente chora e sofre, mas é capaz também de respeitar a nossa ausência e nosso silêncio, não impondo confissões nem, em momento algum, que sejamos os portadores de privilégios que ele, na verdade, não deseja conceder. Amigo não é exclusivista, nem egoísta, ele compartilha. Porque amizade é um sentimento muito amplo e muito belo, é um sentimento que se expande de coração para coração, entrelaça as vidas e solidifica os elos de alma.
Jesus foi um grande amigo dos discípulos, é o grande amigo da humanidade. É o grande amigo dos que sorriem e dos que choram. É o nosso grande amigo em qualquer tempo, porque nos ensinou normas de vida que, se nós obedecermos, seremos menos infelizes e mais ditosos.
O contrário de tudo isso que eu disse, é aquele que é falso amigo.
Por isso, meus filhos amados, mão na mão no trabalho, coração palpitando no mesmo compasso da luz com Jesus, caminhar sempre buscando a frente. Não adianta olharmos para traz, o que está atrás foi feito, foi realizado, estamos no hoje, tentando consertar as arestas do ontem. Não adianta olhar para trás, temos que nos fortalecer no hoje, construir o mais que pudermos, e deixar nas mãos de Deus o nosso futuro, porque ele terá enviado os sublimes que saberão decidir muito melhor do que nós, porque todas as vezes que decidimos nossas vidas nós erramos e todas as vezes que colocamos nossas vidas a serviço de Jesus, com Jesus e por Jesus, nós acertamos, encontramos os verdadeiros amigos que compartilham, que também lutam e que também avançam. Sentimos a alegria pura, aquela alegria que é capaz de transpor montanhas, ultrapassar oceanos, ir além no além, no abraço de alma e falar: que bom, você está comigo. Esse é o verdadeiro Amigo!
Eu vou falar de uma experiência que eu tive:
Conheci um médico que se dizia muito amigo, solidário. Sempre me criticando pelo que eu fazia, pelo tempo que eu perdia, que eu devia arranjar mais recursos monetários, que devia pensar mais em mim. Mas como? Numa época em que a medicina ainda se arrastava, que os conhecimentos que tínhamos eram poucos. Como eu podia abandonar tantos enfermos a quem, às vezes, podia dar tão somente um pouco de conforto, um pouco de consolo, porque eu sabia das minhas limitações. Mas ao chegar no plano espiritual, eu constatei que eu nunca estive sozinho em meu consultório, tinha pessoas que saíam de lá e ficavam curadas. O que foi que curou?
Em verdade, havia dezenas e dezenas de companheiros do plano espiritual: socorrendo, ajudando, aproveitando a minha presença para atuarem mais, para servirem. Então, na verdade, foi Bezerra de Menezes que ajudou todos aqueles pobres que ficavam tão agradecidos? Não meus filhos, eu, na verdade, fui mero instrumento, instrumento imperfeito. Agora, eles, do plano espiritual sim, ajudaram muito, resolveram problemas de depressão que muitas vezes escondiam dramas familiares, resolveram problemas de obsessão. Claro que não resolveram, às vezes, o problema do pão, do arroz, do feijão. Mas naquela época, por incrível que possa parecer a vocês, arroz, feijão e fubá não faltava na mesa do pobre. Arroz e feijão, hoje, é luxo na mesa do pobre.
Vocês vejam, existe um mundo de amigos com quem a gente está, que se preocupam conosco. Tive um amigo que, muitas vezes, me mandava uma banda de porco, ficávamos nós com a gordura para dois, três meses e a minha esposa não esquecia um instante de elogiar esse amigo, que tinha me dado uma banda do porquinho engordado. Eu também salivava com os pedacinhos de carne de porco que punha lá e tinha o capricho de partir e por na farinha, principalmente farinha torradinha.
Mas esse amigo, eu cheguei ao plano espiritual um dia e vi uma pessoa enlouquecida e eu falei:
- Quem é ele? Porque está assim tão desesperado?
Ele desencarnou 15 anos depois de mim. Eles falaram:
- É de onde você veio.
Eu fui vê-lo. Quando ele me viu, ele falou:
- Bezerra eu estou sofrendo muito, eu estou muito infeliz, deixei tanta coisa para trás, tanta coisa boa e hoje eu estou aqui sem saber o que fazer de mim. Vim para este local, não gosto de ninguém aqui, não consigo me adaptar, eu quero voltar para minha casa.
Então eu disse para ele que voltar para casa dele seria a pior coisa do mundo. Porque a esposa não iria falar com alguém que era fantasma, intocável. Os filhos tinham ficado todos muito bem, estavam gastando a larga tudo aquilo que ele havia deixado, o seu patrimônio, a não ser um dos filhos que também se tornou médico e que foi uma pessoa muito sensata. A não ser isso, as filhas casadas, sempre naquele processo de se divertir, não valia a pena voltar. Então eu disse para ele:
- Olha é melhor você se arranjar, com esse amigo aqui, porque eu passei a vida inteira ouvindo os seus conselhos, agora chegou a vez de você ouvir os meus.
E ele falou:
- Não me interessa os seus conselhos.
Eu falei:
- Os seus também não me interessavam, no entanto eu os ouvi. Agora chegou a sua vez de ouvir o que não te interessa.
Ele ficou um tanto assustado e foi embora.
Eu falei:
- Olha, quando você precisar de um amigo, me procura.
Passaram uma duas semanas, mais ou menos, daí a pouco eu o vi correndo pelo corredor.
- Bezerra, eu não vou conseguir mesmo voltar para minha casa, vou Ter que ficar aqui. Será que você me arranja um jeito de eu fazer alguma coisa? Falaram que eu não posso trabalhar aqui. Você imagina, um médico que ganhou rios de dinheiro como eu, fui para França, fiz tanto, tanto e tanto pela medicina, fui homenageado. Agora eu chego aqui, e não posso fazer nada!
Falei:
- Não... Tem uma ala aqui que você vai poder fazer muito por eles.
Entrei com requerimento junto ao Ministério e arranjamos uma ala de ricos insuportáveis, que estavam em tratamento, para que desfiassem as suas inúmeras queixas, dia após dia, naquele ouvido, tão pouco propenso a ouvir e aquela boca tão propensa a falar o que não convinha.
Eu continuei trabalhando e ele lá no meio de alguns conhecidos muito ricos que também tinham perdido tudo. Porque tudo que conquistaram estava na terra, não tinham nada no plano espiritual. Esqueceram de passar, para o muro de lá, as bagagens que teriam de, ao saltar o muro, carregar.
Quem podia trabalhar não ia perder tempo com lamúria, não é? Então ele ficou com essa tarefa.
Ele não gostava de pegar o dinheiro deles? Não queria o consultório cheio de mulheres ricas, bem vestidas, perfumadas?
Quando eu tirava bicho de pé nos meus pobres, porque nos cortiços dava muito bicho de pé, ou tratava daqueles ferimentos, carrapato, sarna, tanta coisa...
Ele ficava horrorizado e falava:
- Você foi aprender Medicina para fazer isso que você faz?
Pois foi isso que me ajudou. Se vocês querem crescer, meus filhos, vão tratar uma sarna.
Que o mestre nos ampare.

Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Shyrlene Soares Campos

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Você se dispôs a ser um MÉDIUM?



Oferendas aos Orixás



Muitos médiuns vem nos perguntar quais oferendas podemos dar no dia de determinado Orixá. Estaremos agora passando uma receita básica que pode ser utilizada para qualquer Orixá ou Entidade.

Material
- um pacote de amor, em pó, para que qualquer brisa possa espalhar para as pessoas que estiverem perto ou longe de você;
- um pedaço (generoso) de fé, em estado rochoso, para que ela seja inabalável;
- algumas páginas de estudo doutrinário, para que você possa entender as intuições que recebe
- um pacote de desejo de fazer caridade desinteressada em retribuição, para não "desandar" a massa

Como Fazer
Junte tudo isto num alguidar feito com o barro da resignação e determinação  e venha para o terreiro. Coloque em frente ao Congá e reze a seguinte prece:
"Pai, recebe esta humilde oferenda dada com a totalidade da minha alma e revigora o meu físico para que eu possa ser um perfeito veículo dos teus enviados. Amém." 
Pronto! Você acabou de fazer a maior oferenda que qualquer Orixá, Guia ou Entidade pode desejar ou precisar...
Você se dispôs a ser um MÉDIUM?