sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A importância do sorriso e da mensagem otimista no ambiente da casa espírita

“Cada um contribua, segundo propôs em seu coração; não com tristeza ou 
por necessidade, porque Deus ama o que dá com alegria.” 
(2ª Epístola de Paulo aos Coríntios, cap. 9, vers. 7)


Estávamos, eu e um amigo, conversando dia desses sobre o comportamento que devemos demonstrar a quem chega ao nosso ambiente espírita e, por “coincidência”, tínhamos a mesma opinião, que penso ser a da grande maioria de nossos companheiros de ideal espírita, não apenas no ambiente de nossa instituição, mas no movimento espírita em geral de que é, de suma importância, sabermos recepcionar os que chegam nas dependências de nossas casas espíritas geralmente carregando enormes preocupações e variados problemas, ávidos por uma mão amiga estendida em sua direção.
Porém, o que constatamos quase que comumente, é que não é assim que se processa essa relação entre quem chega e quem lá já está, pois, não foram poucas às vezes em que, particularmente, tive a oportunidade de constatar tal comportamento e, em diversas casas, entrei e saí, sem que alguém tenha tido a boa vontade de se dirigir a mim e não notei qualquer traço de alegria ou otimismo no semblante dos companheiros que lá sei que laboram, pois, alguns já nos são conhecidos sem que tenhamos com eles qualquer vínculo maior de intimidade. Em muitas dessas instituições pude até mesmo notar a fisionomia carrancuda em muitos desses confrades e a ausência do calor humano e da saudação tão simpática de boas-vindas, por parte desses tarefeiros em suas instituições, o que também me foi confidenciado pelo amigo que comigo trocava experiências e me disse mesmo que estava muito preocupado com a ausência de sorrisos e calor humano no interior das instituições espíritas.
Ficamos então confabulando; se nossa Doutrina é portadora de mensagem tão otimista, trazendo nova luz para a compreensão da vida enquanto encarnados, derramando o perfume da misericórdia Divina em nossos caminhos, assegurando-nos que seguimos ao encontro da felicidade e da perfeição, por que é que há tanta gente carrancuda e às vezes até de semblante tão triste dentro das instituições espíritas?
É notório, que em várias casas espíritas, muitos dos seus dirigentes e trabalhadores, a título de manter a seriedade doutrinária no ambiente espírita, esquecem-se do bom humor; da simpatia, do calor humano etc., como se o modo carrancudo de se mostrar fosse sinônimo de seriedade, disciplina e respeito doutrinário, como se a atividade desenvolvida em uma casa espírita solicitasse um ambiente de pessimismo, dor e sofrimento.
Entendemos, que ao contrário, o ambiente de uma casa espírita por ser justamente um oásis de bênçãos espirituais, onde vamos renovar nossas energias trocando as malsãs pelas vitalizantes cheias de saúde, deve ser desfrutado como um momento de renovação e crescimento moral espiritual que a todos beneficia, pois, é verdadeiramente uma usina jorrando um manancial incalculável de benesses que nos envolve e nos faz sentir uma paz interior e um bem-estar que não encontramos em outros ambientes.
Precisamos estar atentos ao fato de que, quem se decide por procurar um centro espírita quase sempre está com dificuldades, ou encontra-se desanimado, e busca um amparo um lenitivo para suas angústias interiores, pois, está de alguma forma necessitado e sofrendo.
Mesmo que não tenha sido o sofrimento o motivo de seu comparecimento a nossas casas espíritas e sim, o fato de desejar apenas conhecer a doutrina espírita, nossa responsabilidade não diminui, pois se não veio movido pelo sofrimento, vem em busca de esclarecimentos para as dúvidas que o atormentam como: a finalidade de sua criação, seu destino, o que lhe acontecerá depois da morte etc., dúvidas estas, que só a doutrina espírita é capaz de nos esclarecer. Mas, se estivermos com uma postura sisuda, de mau humor, fechados, desatentos e sem a luz cativante de um sorriso, estaremos contribuindo para influenciá-lo de forma negativa, decepcionando-o ou em muitos casos, até mesmo piorando a sua situação.
Esse comportamento milenar mantido pelo atavismo judaico-cristão de um passado que precisa ser esquecido, associado com a idéia equivocada de que o sofrimento é enobrecedor, está errado e completamente ultrapassado e, quem assim procede, optando pelo comportamento sisudo em detrimento do natural sorriso do cristão feliz, precisa urgentemente estudar a doutrina que consola esclarecendo e esclarece consolando, nos dando motivos de alegria e contentamento que deve ser transmitido, de forma natural, a tantos quantos ainda não descobriram o quanto é bom ser Espírita.
Por essa razão, somos defensores da teoria de que jamais devemos esquecer do mais belo modo de se dizer seja muito-bem-vindo a quem adentra os portais das nossas instituições espíritas, que é o sorriso espontâneo que demonstra o quanto a doutrina espírita nos conforta e alegra pois, nada mais contagiante e animador do que ser recebido com um sorriso e com o calor humano onde quer que cheguemos pela primeira vez, maneira essa, que nos transforma e faz bem.
O homem não é uma máquina sem sentimentos. Somos sim, todos nós seres humanos, carentes de afeto, particularmente, enquanto encarnados e o papel do espiritismo é primeiramente consolar e depois esclarecer. Temos, dessa forma, o compromisso de nos empenhar no trabalho de transformar o mundo para melhor à medida de nossas forças e possibilidades como co-criadores que somos em incessante caminhada para a luz.
O otimismo atrai coisas boas, alegres e ao mesmo tempo, a sisudez atrai negatividade, tristeza etc. Sorrir sempre nos propicia saúde e nos rejuvenescem as células biológicas, proporcionando a quem sorrir muito mais equilíbrio emocional e paz de espírito, contagiando e modificando para melhor o ambiente em que se movimenta.
É sabido por todos, que a casa espírita detém um papel de fundamental importância na vida da comunidade em que está inserida, como fonte irradiadora da luz celestial e somos todos nós, os tarefeiros, que as representamos com nossa postura, as lâmpadas a irradiar em todas as direções essas nobres energias.
O sorriso no rosto de cada tarefeiro espírita representa a luz da mensagem espírita acesa, iluminando o ambiente de nossas instituições. Quanto mais sorrisos mais claridade e paz, pois sisudez nunca foi sinônimo de seriedade ou de fidelidade doutrinária e jamais será  sinal de evolução espiritual.

Francisco Rebouças


Salve Iemanjá


quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Esses Outros Terrorismos


Nos dias atuais as palavras terrorismo e terrorista ganharam espaço nas mídias do mundo inteiro.
Mas, afinal de contas, o que significam realmente esses termos?
Pois bem: terrorismo, segundo os dicionários, é um ?ato de violência contra um indivíduo ou uma comunidade?.
E terrorista é aquele que infunde terror. Que espalha boatos assustadores ou prediz acontecimentos amargos.
Assim sendo, será que o terrorismo está distante de nós, ou, se bem analisado, poderíamos dizer que faz parte do nosso dia-a-dia mais do que imaginamos?
Será que poderíamos dizer que muitos de nós, de uma forma ou de outra, espalhamos o terror?
Terror quer dizer grave perturbação trazida por perigo imediato, real ou não; medo, pavor. Ameaça.
Dessa forma, quando analisamos nossas atitudes diárias vamos encontrar, em muitas ocasiões, verdadeiros atos terroristas.
Quando, por exemplo, um pai diz a uma filha: ?se casar com aquele rapaz, mando-a embora de casa!?, esse pai está fazendo uma ameaça que infunde pavor e, portanto, está fazendo terrorismo.
Quando um esposo ou namorado impõe a sua companheira grávida: ?ou você faz o aborto ou abandono você!?, está praticando terrorismo e induzindo ao homicídio de um ser indefeso.
Quando uma mãe diz ao filho pequeno que se ele não obedecer irá embora de casa e o deixará à própria sorte, está cometendo um ato terrorista dos mais sérios, impondo medo e pavor a uma criança que confia em seus pais.
Filhos que sabem da preocupação dos genitores e os aterrorizam com ameaças de suicídio ou de fugas que nunca se efetivam, mas infelicitam e apavoram, são terroristas domésticos agindo soltos.
Imposições e ameaças de chefes, baseadas em carências de funcionários que dependem do emprego para sobreviver, são atos terroristas que infelicitam e matam a esperança.
Religiosos que ameaçam seus fiéis com castigos e penas eternas, inventando um Deus temível e vingativo, espalhando pânico e terror nos corações incautos, são terroristas da fé, que agem livremente.
Por tudo isso vale a pena meditar sobre esses outros terrorismos que passam despercebidos a muitos olhares.
São tantos os terrores domésticos que infelicitam os seres, portas adentro dos lares, onde deveriam reinar o amor e a fraternidade.
Assim sendo, não imaginemos que o terrorismo está no seio deste ou daquele povo, desta ou daquela raça, pois ele está na alma humana, independente de nacionalidade ou religião.
Não imaginemos que o terrorismo está presente nos povos menos civilizados. Ele se encontra em cada coração capaz de promover o terror, seja em que nível for.
O preconceito de toda ordem, também é uma forma de terror, e vamos encontra-lo em todas as esferas sociais.
Nestes dias, em que os olhares do mundo inteiro se voltam contra o terrorismo, vale meditar sobre nossos terrorismos particulares que tantas desgraças têm promovido.
E vale também lembrar que as grandes guerras e os grandes atentados terroristas são alimentados por guerras e terrorismos menores aos quais não damos importância.
Pensemos nisso e comecemos, de vez por todas, uma ação efetiva pela paz.
Iniciemos por baixar as armas internas da agressividade, da calúnia, da indiferença, da infidelidade, da violência, enfim.
Optemos por construir um mundo de paz, pacificando os nossos lares, nosso ambiente de trabalho, nossa própria alma.
Agindo dessa maneira, podemos ter a certeza de que teremos um mundo em paz, mesmo que seja apenas o nosso próprio mundo, que, em última análise, seria o início de tudo.


Redação do Momento Espírita. Texto inspirado em palestra proferida por Raul Teixeira no dia 12/10/01 na cidade de Ponta Grossa - PR.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Imunização Espiritual



Temos hoje, em toda parte da Terra, um problema essencial a resolver, a aquisição da paz de espírito, em que se desenvolvem todas as raízes da solução aos demais problemas que sitiam a alma.
Que diretrizes, porém, adaptar na obtenção de semelhante conquista?
Usar a força, impor condições, armar circunstâncias?
Não desconhecemos, no entanto, que a tensão apenas consegue impedir o fluxo das energias criadoras que dimanam das áreas ocultas do espírito, agravando conflitos e mascarando as realidades profundas de nossa vida íntima, habitualmente manifestas.
A paz de espírito, ao contrário, exclui a precipitação e a inquietude, para se deter e se consolidar na serenidade e no entendimento.
Para a adquirir, por isso mesmo, urge entregar as nossas síndromes de ansiedade e de angústia à providência invisível que nos apoia.
As ciências psicológicas da actualidade nomeiam esse recurso como sendo "O poder criativo e actuante do inconsciente", mas, simplificando conceitos, a fim de os adaptar ao clima de nossa fé, chamamos-lhe "o poder omnisciente de Deus em nós".
Render-nos aos desígnios de Deus, e confiar a Deus as questões que nos surjam intrincadas no quotidiano, é a norma exacta da tranquilidade susceptível de nos garantir equilíbrio no mundo interno para o rendimento ideal da vida.
Colocar na conta de Deus a parte obscura de nossa caminhada evolutiva, mas sem desprezar a parte do dever que nos compete.
Trabalhar e esperar, realizando o melhor que pudermos. Fé e serviço, calma sem ócio.
Pensemos nisso e alijemos o fardo dos agentes destrutivos de ódio, ressentimento, culpa, condenação, crítica ou amargura que costumamos arrastar no barro da hostilidade com que tratamos a vida, tanta vez arruinando tempo e saúde, oportunidade e interesses.
Fundamentemos a nossa paz de espírito numa conclusão clara e simples: Deus que nos tem sustentado, até agora, nos sustentará também de agora em diante.
Em suma, recordemos o texto evangélico que nos adverte sensatamente:
"Se Deus é por nós, quem poderá ser contra!"


In: “Alma e Coração” (Médium: Francisco Cândido Xavier/Espírito: Emmanuel)

Questões 664 a 666 - Prece aos Espíritos Respostas dos guias espirituais para Allan Kardec no Livro dos Espíritos.

664. Será útil que oremos pelos mortos e pelos Espíritos sofredores? E, neste caso, como lhes podem as nossas preces proporcionar alívio e abreviar os sofrimentos? Têm elas o poder de abrandar a justiça de Deus?
"A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a alma por quem se ora experimenta alívio, porque recebe assim um testemunho do interesse que inspira àquele que por ela pede e também porque o desgraçado sente sempre um refrigério, quando encontra almas caridosas que se compadecem de suas dores. Por outro lado, mediante a prece, aquele que ora concita o desgraçado ao arrependimento e ao desejo de fazer o que é necessário para ser feliz. Neste sentido é que se lhe pode abreviar a pena, se, por sua parte, ele secunda a prece com a boa-vontade. O desejo de melhorar-se, despertado pela prece, atrai para junto do Espírito sofredor Espíritos melhores, que o vão esclarecer, consolar e dar-lhe esperanças. Jesus orava pelas ovelhas desgarradas, mostrando-vos, desse modo, que culpados vos tornaríeis, se não fizésseis o mesmo pelos que mais necessitam das vossas preces."

665. Que se deve pensar da opinião dos que rejeitam a prece em favor dos mortos, por não se achar prescrita no Evangelho?
"Aos homens disse o Cristo: Amai-vos uns aos outros. Esta recomendação contém a de empregar o homem todos os meios possíveis para testemunhar aos outros homens afeição, sem haver entrado em minúcias quanto à maneira de atingir ele esse fim. Se é certo que nada pode fazer que o Criador, imagem da justiça perfeita, deixe de aplicá-la a todas as ações do Espírito, não menos certo é que a prece que lhe dirigis por aquele que vos inspira afeição constitui, para este, um testemunho de que dele vos lembrais, testemunho que forçosamente contribuirá para lhe suavizar os sofrimentos e consolá-lo. Desde que ele manifeste o mais ligeiro arrependimento, mas só então, é socorrido. Nunca, porém, será deixado na ignorância de que uma alma simpática com ele se ocupou. Ao contrário, será deixado na doce crença de que a intercessão dessa alma lhe foi útil. Daí resulta necessariamente, de sua parte, um sentimento de gratidão e afeto pelo que lhe deu essa prova de amizade ou de piedade. Em conseqüência, crescerá num e noutro, reciprocamente, o amor que o Cristo recomendava aos homens. Ambos, pois, se fizeram assim obedientes à lei de amor e de união de todos os seres, lei divina, de que resultará a unidade, objetivo e finalidade do Espírito."

666. Pode-se orar aos Espíritos?
"Pode-se orar aos bons Espíritos, como sendo os mensageiros de Deus e os executores de Suas vontades. O poder deles, porém, está em relação com a superioridade que tenham alcançado e dimana sempre do Senhor de todas as coisas, sem cuja permissão nada se faz. Eis por que as preces que se lhes dirigem só são eficazes, se bem aceitas por Deus."


KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 76.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1995.

Abraço Cósmico


Então…vamos falar de abraços, ou melhor...vamos partilhar abraços.
O abraço, é muito mais que um gesto de saudação. È uma entrega.
Mais que por qualquer outra forma de comunicação, é pelo abraço que criamos a fusão energética que pode ir munida de todos os sentimentos necessários ao equilíbrio emocional dos Seres. Nesse gesto de enlaçar, superamos todos os estágios, diferenças e patamares, tornamo-nos UM.
Devido a múltiplos preconceitos, existe ainda, em muitos de nós, uma aversão ao abraço.
No entanto, creio que a principal razão dessa aversão é a fragilidade com que nos reveste um saudável e terno abraço.
Já todos vivenciamos alguma vez como o simples calor de um abraço, esfuma as nossas armaduras, derruba as nossas muralhas.
Ou seja, o “fugir” ao abraço é apenas o receio da emersão daquela faceta de nós que com tantas máscaras ocultamos.
É um gesto terapêutico de alta eficácia, é um gesto de carinho inesquecível, é uma partilha do Um com Todos, e com o Todo.
No ato de abraçar, dois dos nossos chacras mais sensíveis como seja o cardíaco e o do plexo solar, criam um elo de comunicação com os mesmos chacras de quem abraçamos, ampliando extraordinariamente as freqüências dos mesmos. O resultado é o reequilíbrio emocional, e a expansão do amor incondicional.
Meus amigos vamos redescobrir o abraço? Sem peias, sem medos, sem embaraços.
Vamos abraçar colocando em cada abraço a essência da nossa alma, a generosidade do nosso coração, a gratidão por tudo e todos.
Façamos do nosso abraço uma extensão da nossa capacidade de amar e de doar.
E lembrem que mesmo á distancia, a energia emanada pela nossa intenção de abraçar, funciona.
Para terminar, quero apenas referir que o meu “Abraço Fechado” significa a junção plena daquilo que sou com todos e cada um, o fechar o círculo numa plenitude de entrega total.
Mas hoje despeço-me com parte da citação do início deste texto.

Um forte e pleno Abraço Cósmico a todos vós.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Sorriso

Onde estiveres, seja onde for, não olvides estender o sorriso, por oferta sublime da própria alma.

Ele é o agente que neutraliza o poder do mal e a oração inarticulada, que inibe a extensão das trevas.

Com ele, apagarás o fogo da cólera, cerrando a porta ao incêndio da crueldade.

Por ele, estenderás a plantação da esperança, soerguendo almas caídas na sombra, para que retornem à luz.

Em casa, é a benção da paz, na lareira da confiança.

No trabalho, é música silenciosa incentivando a cooperação.

No mundo, é chamamento de simpatia.

Sorri para a dificuldade e a dificuldade transformar-se-á em socorro de tua vida.

Sorri para a nuvem, e ainda mesmo que a nuvem se desfaça em chuva de lágrimas nos teus olhos, o pranto será conforto do Céu, a fecundar-te os campos do coração.

Não te roga o desesperado solução do enigma de sofrimento que lhe persegue o destino. Implora-te um sorriso de amor, que renove as forças, para que prossiga em seu atormentado caminho.

E, em verdade, se os famintos e os nus te pedem pão e agasalho, esperam de ti, acima de tudo, o sorriso de ternura e compreensão que lhes acalme chagas ocultas.

Não condenes as criaturas que se arrogaram aos precipícios da violência e do crime. Oferece-lhes o sorriso generoso da fraternidade, que ajuda incessantemente, e voltar-se-ão, renovadas, para o roteiro do bem.

Sorri, trabalhando e aprendendo, auxiliando e amando sempre.

Lembra-te de que o sorriso é o orvalho da caridade e que em cada manhã, o dia renascente no Céu é um sorriso de Deus.

Autor: Meimei

Psicografia de Francisco Cândido Xavier


Conhecendo mais sobre o Carma.

Nosso Estudo terá base com as informações trazidas pelo Espírito Ramatís
FISIOLOGIA DA ALMA - Psicografia de Hercílio Maes

PARTE 8/8

PERGUNTA: — Rogamo-vos nos deis algum exemplo que nos esclareça o que é a liberação antecipada do espírito desligando-se do Carma da Terra. Podeis fazê-lo?

RAMATIS: — No estado em que se encontra atualmente o vosso orbe, tendes que sofrer os efeitos de suas condições de vida planetária, como função de um planeta de grau primário. Em conseqüência, não podeis viver nele um padrão de vida completamente venturoso, porque ainda é um mundo a caminho do aperfeiçoamento e bastante contraditório em seu clima e estabilidade. Aí sofreis o frio excessivo ou o calor extremo; enfrentais todos os tipos de intempéries, instabilidades climáticas e desequilíbrios geológicos. Os recursos da ciência e da inteligência terrícola, já bastante desenvolvidos, só podem proteger-vos até certo ponto. E mesmo a posse da fortuna não impede que o meio, ainda primitivo, do orbe, cause enfermidade até aos mais privilegiados!
E evidente que não podeis fugir às imposições geológicas do vosso orbe terráqueo, por melhores que sejam as vossas intenções, assim como deixar de viver na dependência do instinto belicoso e das contradições próprias da humanidade terrena, o que aumenta a instabilidade e a desventura em comum. Por melhores intenções que alimenteis, deveis participar obrigatoriamente do Carma coletivo do orbe terráqueo e do de sua humanidade; a ambos vos tendes ligado fortemente no pretérito, e é possível que bem pouco tenhais realizado para a vossa libertação definitiva do ciclo de suas reencarnações físicas.
No entanto, se o desejardes, em nenhum momento vos será negado o ensejo de libertação do Carma da Terra e a conseqüente promoção para outros orbes mais evolvidos. Mas a verdade é que a vós mesmos cumpre o desatamento das algemas e dos compromissos assumidos no pretérito para com o mesmo e a humanidade. Essa libertação, sem dúvida, exige completa renúncia aos valores e interesses terrenos; é a fuga vibratória para o mundo do Cristo e a integração incondicional aos seus postulados evangélicos que, em verdade, são as leis que regem o reino eterno do espírito. O afinamento crístico e o desinteresse absoluto pelas competições do mundo e para com “os tesouros que as traças roem e a ferrugem come”, é que terminam rompendo as algemas planetárias. Enquanto a maioria dos homens segue animalescamente a sua marcha evolutiva sob o aguilhão implacável da dor e do sofrimento, alguns outros preferem antecipar a sua libertação cármica, envidando os mais heróicos esforços e entregando-se à mais completa renúncia a todo desejo, interesse a afeição pelas ilusões das formas materiais.

PERGUNTA: — Podeis mencionar algum espírito que antecipasse a sua libertação cármica da Terra, em vez de continuar submetido exclusivamente à Lei de Causa e Efeito, embora esta também terminasse por libertá-lo do ciclo dos nascimentos físicos?

RAMATIS: — É Francisco de Assis um dos exemplos mais edificantes e inconfundíveis de liberação antecipada do seu carma físico pois, tendo nascido em berço rico e cercado de gente afortunada, vaidosa e aristocrata, preferiu repartir seus bens com os pobres e desfez-se de seus trajes de seda e de veludo para vestir a grosseira estamenha; e em lugar do cinto recamado de pedrarias e da vistosa espada do fidalgo, amarrou à cintura um cordão de cânhamo! Foi com o mais profundo sentimento de renúncia que ele aceitou a advertência evangélica do Cristo Jesus: “Não possuais ouro nem prata nem cobre em vossos cintos, nem alforjes, nem duas túnicas, nem calçado, nem báculo em que apoiar-vos..
Sob tal resolução heróica, em que Francisco de Assis extinguiu de uma só vez o desejo e venceu o Maya — a grande ilusão da vida material — é óbvio que também cessou de gerar Carma físico para o futuro, pois a sua vida, completamente devotada ao serviço amoroso a todos os seres e coisas do mundo, terminou por desatar-lhe os últimos laços de ligação às formas do mundo terráqueo.
Afastando-se do epicurismo das mesas, despido da vaidade e dos trajes fidalgos, indiferente aos pergaminhos e galardões do mundo físico, liberto do desejo sensual, rompeu os liames escravizantes do seu grilhão cármico e, pouco a pouco, isolou-se da disciplina retificadora do Carma do seu planeta.

Francisco de Assis não renunciara apenas ao seu presente, mas também efetuara a sua libertação das vidas físicas futuras, porquanto, tendo exterminado em si os desejos pelas coisas do mundo material e desistido de competir com os homens no seu mundo de formas ilusórias, embora ainda encarnado já vivia as condições exigidas para o equilíbrio e a sustentação vibratória nos planos paradisíacos do espírito!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Jesus no Lar


O culto do Evangelho no Lar aperfeiçoa o homem.

O homem aperfeiçoado ilumina a família.

A família iluminada melhora a comunidade.

A comunidade melhorada eleva a nação.

O homem evangelizado adquire compreensão e amor.

A família iluminada conquista entendimento e harmonia.

A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade.

A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem.

Espiritismo sem Evangelho é fenômeno ou raciocínio.

O fenômeno deslumbra. O raciocínio indaga.

Descobrir novos campos de luta e pensar em torno deles não expressa tudo.

Imprescindível conhecer o próprio destino.

Não basta, pois, a certeza de que a vida continua infinita, além da morte.

É necessário clarear o caminho.

Do Evangelho no lar, depende o aprimoramento do homem.

Do homem edificado em Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo.


Pelo Espírito Emmanuel - XAVIER, Francisco Cândido. Nosso Livro. Espíritos Diversos. LAKE. 

Terapia da Oração


Recurso valioso para todo momento ou necessidade, a oração encontra-se ao alcance de quem deseja paz e realização, alterando para melhor os fatores que fomentam a vida e facultam o seu desenvolvimento.

A oração é o instrumento pelo qual a criatura fala a Deus, e a inspiração lhe chega na condição de divina resposta.

Quando alguém ora, luariza a paisagem mental e inunda-se de paz, revitalizando os fulcros da energia mantenedora da vida.

A oração sincera, feita de entrega íntima a Deus, desenvolve a percepção de realidades normalmente não detectadas, que fazem parte do mundo extrafísico.

O ser material é condensação do energético, real, transitoriamente organizado em complexos celulares para o objetivo essencial da evolução. Desarticulando-se, ou sofrendo influências degenerativas, necessita de reparos nos intrincados mecanismos vibratórios, de modo a recompor-se, reequilibrar-se e manter a harmonia indispensável, para alcançar a finalidade a que se destina.

O psiquismo que ora, consegue resistências no campo de energia, que converte em forças de manutenção dos equipamentos nervosos funcionais da mente e do corpo.

A oração induz à paz e produz estabilidade emocional, geradora de saúde integral.

A mente que ora, sintoniza com as Fontes da Vida, enriquecendo-se de forças espirituais e lucidez.

Terapia valiosa, a oração atrai as energias refazentes que reajustam moléculas orgânicas no mapa do equilíbrio físico, ao tempo que dinamiza as potencialidades psíquicas e emocionais, revigorando o indivíduo.

Quando um enfermo ora, recebe valiosa transfusão de forças, que vitalizam os leucócitos para a batalha da saúde e sustentação dos campos imunológicos, restaurando-lhes as defesas.

***

O indivíduo é sempre o resultado dos pensamentos que elabora, que acolhe e que emite.

O pessimista autodestrói-se, enquanto o otimista auto-sustenta-se.

Aquele que crê nas próprias possibilidades desenvolve-as, aprimora-as e
maneja-as com segurança.
Aqueloutro que duvida de si mesmo e dos próprios recursos, envolvendo-se em psicosfera perturbadora, desarranja os centros de força e exaure-se, especialmente quando enfermo. Assemelha-se a uma vela acesa nas duas extremidades, que consome duplamente o combustível que sustenta a luz, até sua extinção.

A mente que se vincula à oração ilumina-se sem desprender vitalidade, antes haurindo-a, e mais expandindo a claridade que possui.

Envolvendo-se nas irradiações da oração a que se entregue, logrará o ser enriquecer-se de saúde, de alegria e paz, porquanto a oração é o interfone poderoso pelo qual ele fala a Deus, e por cujo meio, inspirado e pacificado, recebe a resposta do Pai.

Ao lado, portanto, de qualquer terapia prescrita, seja a oração a de maior significado e a mais simples de ser utilizada.


FRANCO, Divaldo Pereira. Momentos Enriquecedores. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. 

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Hoje 21/08/2013 atendimento com os

Pretos Velhos.



Os Pretos Velhos do tempo do cativeiro
Quando pisam no terreiro de cachimbo e pé no chão
Os Pretos Velhos do tempo do cativeiro
Quando pisam no terreiro de cachimbo e pé no chão
Pega na pemba,risca o ponto, faz mironga
Saravá Maria Conga, saravá meu Pai João
Pega na pemba,risca o ponto, faz mironga

Saravá Maria Conga, saravá meu Pai João.

Conhecendo mais sobre o Carma.

Nosso Estudo terá base com as informações trazidas pelo Espírito Ramatís
FISIOLOGIA DA ALMA - Psicografia de Hercílio Maes

PARTE 7/8


PERGUNTA: — Podeis dar-nos algum exemplo mais objetivo de que a criatura humana é sempre beneficiada, mesmo quando submetida à mais terrível prova cármica?

RAMATIS: — Suponde, para exemplo, um espírito encarnado num corpo físico com paralisia total dos seus membros inferiores. Isso para ele é um mal porque, devido ao efeito cármico que lhe tolhe os movimentos das pernas, deixa de participar a contento do curso da vida transitória do mundo material. No entanto, em tal caso, a ação restritiva da Lei não tem por objetivo fazê-lo expiar de modo doloroso os seus erros do pretérito, mas apenas desenvolver-lhe um melhor senso diretivo dos seus passos futuros. Se o impede de participar ativamente das movimentações comuns da vida física e o manieta pela paralisia, assim o faz para obrigá-lo a uma existência mais introspectiva e ao constante esforço reflexivo que também lhe apura o psiquismo.
A paralisia ou deformidade que o junge a uma cadeira de rodas ou leito de sofrimento não só o obriga a uma vida mais psíquica, como o afasta das paixões perigosas e das ilusões que vicejam nos caminhos do trânsito fácil da matéria. O paralítico, então, pode melhor desenvolver os bens do espírito e instruir-se mais facilmente, pois bem menores são as suas necessidades materiais e também sobeja-lhe maior cota de tempo para compensar os prejuízos do pretérito. O que pode parecer punição ou expiação espiritual, para as criaturas ignorantes do sentido criador e da recuperação cármica da alma, nesse
caso não passa de retificação da onda da vida, que estava desarmonizada com a consciência do ser.
Da mesma forma, quando se represa o curso dos rios, não se o faz para castigá-los, mas apenas para que do acúmulo de suas águas resulte maior força para a usina benfeitora. Assim, quando muitas vezes a Lei do Carma, ajustando o efeito à causa correspondente, represa a liberdade do espírito e o paralisa no ergástulo de carne retificador, não o faz com o fito de qualquer desforra divina, mas apenas para corrigir o desvio psíquico perigoso e reconduzir a alma novamente ao seu curso venturoso.

PERGUNTA: — Mas é evidente que o sofrimento humano ainda é um acontecimento que muitas vezes abate o espírito de tal modo que, provavelmente, não o compensa dos seus equívocos passados e ainda pode torná-lo mais refratário à lição de retificação espiritual! Que dizeis?

RAMATIS: — A enfermidade física é apenas um efeito contensivo e transitório, que tanto ajusta o energismo espiritual negligente no pretérito, como também se torna o meio pelo qual o espírito expurga os venenos psíquicos que lhe impedem a diafanização do perispírito.
Como o homem é o produto do seu pensamento e, portanto, se converte naquilo que pensa, também termina plastificando as linhas sadias e o vigor energético para os seus corpos futuros, quando se habitua a só cultivar as expressões de harmonia que fundamentam a intimidade angélica de toda criatura. O poder mental, cujo domínio é tão apregoado pelos teósofos, iogues e esoteristas, quando é exercido de modo positivo e sensato, caldeia sadiamente a personalidade futura, porque é força ilimitada que atua no mundo oculto das causas dinâmicas do espírito criador.
Daí verificar-se que, mesmo a criatura mais deserdada na vida física, ainda pode servir-se de sua vontade e atuar na origem ou na essência de sua vida imortal, usando de força mental positiva para desatar as algemas da infelicidade, ou sobrepujar em espírito os próprios efeitos cármicos do seu passado delituoso. Então é a própria lei cármica que passa a ser dirigida pelo espírito em prova, e que inteligentemente procura ajustar-se ao curso exato e evolutivo da vida espiritual, integrando-se ao ritmo natural de seu progresso; ele abstém-se de resistir ao impulso sábio que lhe vem do mundo oculto do espírito e harmoniza-se paciente e confiante aos objetivos do Criador.
O vosso mundo apresenta muitíssimos exemplos de almas resignadas e heróicas que, em lugar de se entregarem à rebeldia ou desalento irremediável, têm superado os mais atrozes padecimentos e correções cármicas, quando outros menos desfavorecidos deixam-se aniquilar sob o queixume insuportável e ainda criam avultados melodramas ante os sofrimentos mais singelos. As criaturas confiantes no sentido educativo da vida humana não só extraem as mais vigorosas energias da própria dor, como ainda superam o seu sofrimento acerbo e produzem obras e trabalhos notáveis. Richelieu dominava um reino, malgrado a sua atroz e incurável furunculose; Dostoievski, apesar de epiléptico, escreveu as mais profundas obras de introspecção humana; Chopin, um tísico, presenteou o mundo com as mais sensíveis melodias; Maharshi, apesar do câncer do braço, com sua bondade santificou até o local onde vivia, e Cervantes, um deserdado, ofertou ao mundo a sátira genial do Don Quixote!
Inúmeras outras criaturas, sem braços, sem pernas, paralíticas, cegas, deformadas ou epilépticas realizam tarefas tão gigantescas, que servem de diretrizes morais e mensagens definitivas comprovando a vitória do espírito sobre a matéria. Helena Kelier, surda, muda e cega,
ainda encarnada no vosso mundo, é um testemunho eloqüente de que o espírito, mesmo quando soterrado na mais sombria masmorra de carne e privado dos seus principais sentidos de relação com o mundo exterior, ainda consegue comprovar a sua imortalidade, a sua glória e o poder criador! Em verdade, essas criaturas, embora cumpram os efeitos cármicos dolorosos, gerados no passado, também mobilizam poderosos recursos existentes no âmago de todo espírito e, em vez de se entregarem ao desespero, fazem de suas enfermidades admiráveis poemas de heroísmo e superação espiritual. Suas vidas então servem como um enérgico protesto contra aqueles que, embora sadios de corpo, ainda vivem mergulhados no mais triste pessimismo destruidor,

rebelando-se irascivelmente contra os princípios superiores do espírito imortal!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

♫ Ponto


Tia Maria, cadê Pai José
Tá lá na roça apanhando café

Tia Maria, cadê Pai José
Tá lá na roça apanhando café

O diga a ele que quando vier
Que suba a escada, não bata com pé.

O diga a ele que quando vier

Que suba a escada, não bata com pé.


SUPERAÇÃO - Chico Xavier

Quando você conseguir superar
graves problemas de relacionamentos,
não se detenha... na lembrança dos momentos difíceis,
mas na alegria de haver atravessado
mais essa prova em sua vida.

Quando sair de um longo tratamento de saúde,
não pense no sofrimento
que foi necessário enfrentar,
mas na bênção de Deus
que permitiu a cura.

Leve na sua memória, para o resto da vida,
as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade,
e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.

Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.

Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.

A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe
e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior.
Seja um eterno aprendiz na escola da vida.

A sabedoria superior tolera;
a inferior, julga;
a superior, alivia;
a inferior, culpa;
a superior, perdoa;
a inferior, condena.
Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!

Preto Velho Pai José

Pai José, Pai José vibrante na linha de Xangô e Oxalá, porém muitos trabalham com a linha de Ogum, usam guias e cores Preta,Branca, Vermelha e Amarela., gostam de chapéu de palha, bebem vinho e café, muitos gostam de usar um lenço xadrez no pescoço com essas cores. Fumam cigarro de palha, na incorporação arreiam o médium no chão, com pisar firme e joelhos levemente flexionados. Adora passes para e,pregos trabalham muito com galhos de arruda. Sua forma mais conhecida é Pai José de Aruanda, mas conhecesse: Pai José de Angola,  Pai José da Guiné,  Pai José das Almas,  Pai José de Congo,  Pai José Cambinda,  Pai José Nagô,  Pai José da Cachoeira entre outros Pai José.

Conversa com Pai José da Guiné

À noite, quando a maioria das pessoas estão dormindo, diversas falanges espirituais se desdobram em trabalhos socorristas de assistência à humanidade encarnada. Devido ao sono, a queda natural do metabolismo e das ondas cerebrais, o corpo espiritual desprende-se naturalmente do corpo físico.

Aproveitando-se desse fato natural e inerente a todo ser humano muitos amigos espirituais trabalham nessa hora da noite retirando essas pessoas do seu corpo físico, dando um toque sensato a elas diretamente em espírito, ou, simplesmente, trabalhando as energias do assistido com mais liberdade a partir do plano espiritual da vida.

Um dia desses, durante um trabalho de assistência, estava conversando com um Preto Velho, que responde nas lidas de Umbanda, pelo nome de pai José da Guiné. Segue o diálogo:

— Pai José, esse trabalho de assistência na madrugada é enorme, não? O médium umbandista muitas vezes nem imagina o tamanho dele, não é mesmo?

— É sim fio, trabalho grande, toda noite. Mas são poucos que lembram da espiritualidade dia-dia e mantém sintonia elevada antes de dormir. Isso acaba por barrar as possibilidades de trabalho em conjunto conosco, você sabe disso. A maioria dos médiuns por aí pensam que o único dia de trabalho espiritual é o dia de trabalho no terreiro. É uma pena.

— É verdade, as pessoas tendem a se preparar muito para o dia de trabalho no terreiro, mas esquecem dos outros dias.

_ Preparar? Muitas vezes eles nem se preparam fio. A maioria chega lá cheia de problemas e preocupações na cabeça. Dá um trabalhão danado acoplar na aura toda encardida de pensamentos e sentimentos estranhos deles. E nego num tá falando que preparação é tomar um banho de erva antes do trabalho, não…

— Ué, mas o banho de erva é importante, não é pai?

— É, claro que é. Mas num é tudo. Antes do banho de erva, seria melhor um banho de bom-humor, com folhas de tranqüilidade e flores de simplicidade, hehehe… Isso sim ajudaria. Num adianta colocar roupa branca, defumar, tomar banho, se o coração tá sujo, se a boca maldiz, se o rosto está sem alegria e o espírito apagado. Limpeza interna fio, antes de limpeza externa…

— Tá certo…

— Tá certo, mas você muitas vezes num faz isso né? Hehehe… Tudo bem, todo mundo tem lá seus dias ruins, o problema é quando isso se torna constante. Fio, a Umbanda é muito rica em rituais, em expressões exteriores de alegria e culto a divindade. Mas isso deve ser utilizado sempre como uma forma de exteriorizar o que de melhor trazemos dentro de nós. Não uma fuga do que carregamos aqui dentro. Volta seus olhos pra dentro e lá presta culto aos Orixás. Só depois disso, canta e dança…

— Quando estiver participando de um trabalho, esteja por inteiro, em corpo físico, coração e mente. Não faça das reuniões espirituais um encontro social. Antes de começar os trabalhos, medita, ora, entra em sintonia com o trabalho que já está acontecendo. Durante os cantos, busca a sintonia com os Orixás.
Nesse momento, você e Eles não estão separados pela ilusão da matéria. Tão juntos. Em espírito e verdade…

— Acompanha as batidas do atabaque e faz elas vibrarem em todo seu ser. Defuma seu corpo, mas defuma também sua alma, queimando naquela brasa seu ego, sua vaidade, seu individualismo, que lhe cega os sentidos.

— Trabalha, aprende, louva, cresce meu fio. Mas o mais importante: Leva isso pra fora do terreiro! Lá dentro, todo mundo é filho de pemba, todo mundo tá de branco, todo mundo ama os Orixás…

— Mas aqui fora, logo na primeira dificuldade, duvidam e esquecem dos ensinamentos lá recebidos. Aqui fora, num tem caridade, fraternidade, Orixá, espiritualidade. Mas a Lei de Umbanda não é pra ficar contida no terreiro. A Lei de Umbanda é pra estar presente em cada ato nosso. Em cada palavra, em cada expressão de nosso ser…

— Percebe fio? Você é médium o tempo todo, não só no dia de trabalho, mas todo dia. Você é médium até quando tá dormindo…hehehe

Pai José fez uma pausa e eu fiquei a pensar a respeito da responsabilidade do trabalho mediúnico. De quantos médiuns por aí nem tinham idéia do trabalho espiritual que as muitas correntes de Umbanda desenvolvem. De como, a vivência de terreiro, demandava uma mudança interior, uma postura diferente em relação à vida. Enquanto pensava a respeito, pai José disse:

— É por aí mesmo fio. A partir do momento que a pessoa internaliza os valores espirituais, um novo mundo, cheio de novas perspectivas surge. Novas idéias, novos ideais. Uma forma diferente de encarar a vida. Esse é o resultado do trabalho. A caridade não é mais uma obrigação, mas torna-se natural e inerente ao próprio ser, assim como a respiração. A sintonia acontece esteja onde ele estiver, carregando consigo a Lei da Sagrada Umbanda em seu coração…

— Lembre-se: Aruanda não é um lugar! Aruanda é um estado de espírito… Você a carrega para onde for. Isso é trabalho. Isso é sacerdócio. Isso é viver buscando a espiritualização…

— Por isso, meu fio, faz de cada trabalho espiritual que você participar um passo em direção a esse caminho. Um passo em direção a unidade com o Orixá. Cada reunião, um passo… Sempre!



Fonte: Povo de Aruanda.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Adorei as almas!



Conhecendo mais sobre o Carma

Nosso Estudo terá base com as informações trazidas pelo Espírito Ramatís
FISIOLOGIA DA ALMA - Psicografia de Hercílio Maes

PARTE 6/8


PERGUNTA: — Gostaríamos que prolongásseis um pouco mais as vossas considerações acerca desse determinismo do Carma sobre os “espíritos-grupo” que coordenam e dirigem as espécies animais como uma só consciência coletiva. Podeis atender-nos?

RAMATÍS: — O que rege as espécies inferiores e coordena-lhes os movimentos evolutivos é o próprio determinismo evolutivo, pois que orienta todo o conjunto ou espécie animal pelo qual é responsável, a fim de induzi-lo a agir de modo mais acertado e proveitoso. Mas, com o decorrer do tempo e a intervenção do homem, não tardam a se processar as fragmentações psíquicas, que logo fazem distinguir as relações dos exemplares entre si e os destacam individualmente no seio do psiquismo instintivo e uniforme do “espírito-grupo” dirigente.
Independentemente do controle geral da espécie ou raça, a Lei se desdobra orientando cada exemplar para que consiga a sua emancipação individual.
Eis por que dizemos que a mesma Lei sábia que rege o mecanismo do Universo também se amolda e se ramifica gradativamente para regular o movimento dos elétrons no seio dos átomos. Os astrônomos conhecem a infalibilidade de certas leis que disciplinam o curso dos astros; os químicos sabem quais são os fatores reagentes, exatos e indiscutíveis, que orientam a afinidade de suas combinações costurneiras; os matemáticos reconhecem a precisão dos cálculos que geometrizam o Universo, enquanto a humanidade já principia a compreender que o homem também é o plano matemático do futuro anjo!
Há uma lei indesviável, uma lei cármica reguladora da causa e do efeito, que tanto transforma a bolota em carvalho, a lagarta em libélula, como o celerado no ungido do Pai! Na verdade, uma Vontade Diretora espraia-se por tudo e sobre todos, como um imperativo de segurança e harmonia cósmica, tendo por único fim a Beleza e a Perfeição. O Carma, como um ritmo submisso dessa vontade superior, é a própria pulsação do Criador atuando em ciclos disciplinadores, desde as órbitas dos elétrons até às órbitas dos sistemas solares. E por isso que, em face do equilíbrio e da ordem absoluta na manifestação criadora do Universo, o conhecimento iniciático desde os tempos pré-históricos afiança que “o que está em cima também está embaixo”, e “o que está no átomo também está no Universo”

PERGUNTA: — Cremos que, para o nosso entendimento ocidental, ainda se torna dificílimo abranger o sentido exato do que é o Carma em sua ação inflexível, embora a reconheçamos justa. Poderíeis oferecer-nos mais algumas considerações a esse respeito?

RAMATIS: — O Carma, para um sentido de compreensão geral, é a própria Lei do Progresso Espiritual, pois, embora seja implacável na sua ação disciplinadora, é lei que só se aplica sob a decorrência de nossa própria vontade. Tanto apressa como imobiliza temporariamente a nossa ventura espiritual, mas sempre o faz de acordo com o nosso entendimento e grau de consciência desperta. A sua finalidade precípua é a de promover o progresso e a retificação dos orbes e suas humanidades, ajustando as causas boas ou más aos seus efeitos correspondentes.
Eis por que o próximo acontecimento profético do “Juízo Final” ou “Fim de Tempos”, que já se desenrola à superfície de vosso orbe, ainda é um efeito de ação irredutível da lei cármica, que tanto procura reajustar a massa planetária para melhores condições astrofísicas, no tráfego sideral, como encaminhar as almas rebeldes para objetivos superiores. O Carma, pois, como lei atuando ininterruptamente nos eventos progressistas entre seres e orbes, age tanto no macro como no microcosmo, mas tem por único fim impelir todas as formas de vida para expressões cada vez mais altas e requintadas.


♫ Ponto


Ogum Xoroquê!

Ô Ogum !!!
Ô Ogunhê, iê, iê!!!
Ô Ogum !!!
Ogum Xoroquê !!!
Ô Ogum !!!
Ô Ogunhê, iê, iê!!!
Ô Ogum !!!
Ogum Xoroquê !!!
Meu senhor das estradas,
Ogunhê !!
Abra meus caminhos,
Ogunhê !!
Meu senhor da porteira,
Ogunhê !!!
Ele é meu pai, Ogum Xoroquê !!!
Ô Ogum !!!
Ô Ogunhê, iê, iê!!!
Ô Ogum !!!
Ogum Xoroquê !!!
Ô Ogum !!!
Ô Ogunhê, iê, iê!!!
Ô Ogum !!!
Ogum Xoroquê !!!
Meu senhor das estradas,
Ogunhê !!
Abra meus caminhos,
Ogunhê !!
Meu senhor da porteira,
Ogunhê !!!
Ele é meu pai, Ogum Xoroquê !!!
Ô Ogum !!!
Ô Ogunhê, iê, iê!!!
Ô Ogum !!!

Ogum Xoroquê !!!