segunda-feira, 29 de maio de 2017

POR QUE BUSCAMOS JESUS NA CASA RELIGIOSA?

Emmanuel afirma no livro A Caminho da Luz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, que Jesus é o governador de nosso planeta. Tem a tarefa de conduzir as coletividades que aqui evoluem desde que a Terra desprendeu-se do Sol, massa de fogo incandescente, há aproximadamente quatro bilhões e quinhentos milhões de anos. Preposto de Deus, Jesus foi convocado pelo Criador para essa elevada missão. Encarnou na Terra uma única encarnação. Foi criado simples e ignorante, ou seja, sua evolução não aconteceu em linha reta como muitos acreditam. Porque os desacertos fazem parte de nosso aprendizado. Aprendemos com os próprios erros, observando a lei de causa e efeito. Seria injusto Deus ter seus eleitos, privilegiando uns e outros não. Jesus está onde chegaremos um dia, mas esteve, um dia, onde estagiamos hoje. Viveu seu aprendizado alhures, em outros mundos.POR QUE BUSCAMOS JESUS NO CENTRO ESPÍRITA, NO TEMPLO PROTESTANTE, NA IGREJA CATÓLICA OU EM OUTRA DENOMINAÇÃO RELIGIOSA CRISTÃ? Para buscar uma vida mais equilibrada e digna? Refletir a respeito de nossas responsabilidades? Superar vícios e mazelas? Participar nos serviços do Bem? Ou apenas desejamos que Jesus: Remova nossas dificuldades? Solucione nossos problemas? Restaure nossa saúde? Conceda-nos a felicidade? Não é isso uma espécie de escambo, uma troca que não envolve dinheiro? Dou minha presença, submeto-me ao culto com a intenção de algo receber? Tanto é assim que muita gente deixa de participar porque não recebeu o benefício que buscava, o favor que esperava. ISSO É COMERCIALIZAR O SAGRADO. Nas atividades religiosas costumamos ouvir: Se receber as bênçãos desejadas serei um contribuinte; Se resolver meus problemas trabalharei pelos pobres; Se alcançar a cura serei uma pessoa melhor. Há quem faz adiantamentos: Uma visita a família carente; Um exercício de tolerância.Alguns pregadores exploram essa tendência. Parecem camelôs a pregoar o seu produto, como se a felicidade fosse uma mercadoria, não uma realização íntima. Há fiéis que enunciam seus projetos de comércio com a divindade na forma de promessas solenes a serem cumpridas depois de receberem os benefícios desejados. Algumas são bastante ingênuas, relacionadas com inúteis mortificações como: Carregar cruz; Subir escadarias de joelhos; Privar-se de alimentos; etc. Onde no Evangelho mostra Jesus ensinando estas atitudes? Ele não quer que mortifiquemos o corpo e sim a alma, abrandando o coração, modificando nossas atitudes para melhor; eliminando ódios, rancores, vinganças, preconceitos, explorações. Porque o grande ensinamento de Jesus foi o AMOR. Se amamos realmente a nós mesmos, não permitimos a autoagressão através dos vícios, morais ou físicos. Se nos amamos, buscamos a educação moral e intelectual; Se amamos nosso semelhante, nunca nos permitiremos a desonestidade, a raiva, a inveja, a agressão e, muito menos, a indiferença. Se amamos Jesus, buscamos a luz dentro de nós mesmos, compreendendo que viver é aprender a servir para o bem. Não é difícil entender que para se viver com o Guia da Terra em experiência integradora, devemos desenvolver em nosso caráter o que existe de mais sóbrio, de mais lúcido e grandioso, engajando-nos na verdadeira educação. Mas, infelizmente, muitos ainda buscam o mesmo que o povo daquela época buscava. Vemos hoje muitos chegando à religião, submetendo-se aos rituais, cultos, dogmas, “buscando graças variadas”, etc., mas não se transformam, não buscam saber o que Jesus espera delas. Converter-se não é só a palavra e o conhecimento, converter-se é transformar a palavra e o conhecimento em ação. Porque há muitas pessoas que, na aparência, mostram seguir Jesus, mas, de fato, não o seguem; ao passo que, muitos que parecem não seguir, estão a caminho com Ele. Por isso, em defesa de nossa paz, não devemos buscar o culto religioso como um canal aberto para obter favores do Céu. Melhor situá-lo como uma convocação para fazer o que o Céu espera de nós. Mas afinal, qual a nossa resposta para essa pergunta: “POR QUE BUSCAMOS JESUS NO CENTRO ESPÍRITA?”


sábado, 27 de maio de 2017

Dia do cambone – 27 de maio



Ser médium cambone é ter o prazer de servir com humildade.
É ter as bençãos de aprender a cada trabalho.
É ter a proteção e o carinho das entidades que servimos.
É ter a alegria de receber um colo de Preto-Velho, um abraço de um Caboclo, um “a bença tia” de uma Criança, uma dança com um Baiano, uma palavra séria e amiga de um Exú e aprender com eles tudo que for possível sempre.
Ser cambone também é escrever rápido.
Cambone é uma das atividades exercidas nos terreiros de Umbanda que merece uma atenção muito especial, dada a sua importância como auxiliar das entidades, dos médiuns e dos dirigentes do Terreiro.
Como auxiliar das entidades, cabe ao cambone ser o interprete da mensagem entre a entidade e o consulente, além de um defensor da entidade e da integridade física do médium.
Cabe a ele cuidar do material da entidade, orientar o que acontece em sua volta e também ajudar o entendimento do consulente, pois a linguagem do espírito nem sempre é entendida, mas ao cambone fica claro já pela sua intimidade com o comportamento do espírito que ele serve.
Por outro lado a posição do cambone nem sempre é confortável pois algumas vezes cabe a ele fiscalizar também o comportamento da entidade que, se por uma razão ou outra, fugir da normalidade deve imediatamente avisar a direção do terreiro.
O limite da intimidade do consulente com o espírito ou o médium deve ser fiscalizado pelo cambone para evitar mal entendidos e desajustes de informações.
Finalmente ao cambone é dada uma oportunidade especial de conhecer mais a Umbanda e a forma das entidades trabalharem porque seu contato é direto.
Como o cambone tem como obrigação ouvir o que o espírito ouve e fala, seu conhecimento, em cada consulta, aumenta consideravelmente.
Todo médium deveria começar na Umbanda como cambone e desempenhar com muita atenção esse papel durante o tempo de seu desenvolvimento pois essa pratica terá uma importância direta no seu comportamento como médium.
Parabéns aos Cambones pelo seu dia e muito obrigada por sua dedicação a nossa querida Umbanda!!!


segunda-feira, 22 de maio de 2017

Qual a diferença entre perispirito, aura e duplo etério ?



Este é um assunto amplo, uma vez que estes termos sofrem interpretaçoes diferentes, dependendo do autor e do contexto.
Perispirito: é o conjunto energetico (fluidico) que atua como intermediario entre o espirito (o ser inteligente e imaterial) e a matériaria grosseira e pesada (corpo físico).
É tido, pela sua composição e funções, como um "corpo espiritual" ou seja, um envoltório semi-material do espirito (pois as energias são mais sutis que a matéria).
Dentre suas principais funções destaca-se a ligação com o corpo físico e a morfologia espiritual.
Duplo etérico: Denominado por alguns como corpo vital, ou campo vital, é um conjunto de energias mais materializadas, cuja função básica é a libação do perispirito ao corpo físico, provendo vitalidade a este. Na literatura espirita muitas vezes é citado e confundido com o fluido vital ou princípio vital, quando na realidade o fluído vital é um dos componentes do duplo etérico.
Aura: é um nome genérico para as irradiações energéticas que ocorrem a partir do espírito.
O perispirito irradia, o duplo etérico irradia e o corpo fisico também irradia. Este conjunto de irradiações é geralmente denominado aura.
Alguns autores acreditam que a aura captada pelas fotos Kirlian se referem as irradiações do duplo etérico+corpo físico e não do perispirito.
Os clarividentes geralmente conseguem perceber a aura dos indivíduos, que aparecem na forma de irradiações coloridas variáveis e em movimento incessante (como uma chama acesa, numa analogia).
O espirito André Luiz em algumas obras denomina a aura de "halo vital".


Umbanda, minha fé

A Umbanda ao contrário do que muitos pensam é uma religião que crê em um único Deus como criador de tudo que existe, chamado Olorum, criador do céu (Orun) e da terra (Ayé) e de todos os orixás que governam aspectos singulares dessa ampla e complexa co-existência do mundo espiritual e material, onde um mundo reflete o outro e convivem em harmonia .


segunda-feira, 15 de maio de 2017

Erês – Crianças

O termo Erê vem do Yorubá “iré” que significa “brincadeira, divertimento”. Erês, Crianças, Ibejada, Dois-Dois, são nomes pelos quais os Guias ou Entidades de caráter infantil que incorporam na Umbanda são conhecidos pelo Brasil.
Esta linha possui um alto poder de renovação dos seres, capaz de alegrar todos ao redor, sendo que o Amor é a própria energia manipulada pelas crianças. São espíritos naturais que jamais passaram pelo processo de encarnação; são seres de imensa luz e sabedoria.
No decorrer das consultas vão trabalhando sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano.
Esses seres, mesmo sendo puros não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles.Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem.
Apesar de possuírem um arquétipo aparentemente frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa.
Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás da sua vibração se revelam espíritos de extraordinários conhecimentos.
A Festa de Cosme e Damião, santos católicos sincretizados com Ibeiji, realizada em 27 de Setembro, é muito concorrida em quase todos os Terreiros do país.
Regência principal: Oxum
Campo de atuação: Renovação e Amor

Cores: Azul, Rosa e Branco

sábado, 13 de maio de 2017

13/05 Dia dos Pretos Velhos


Sou preto. Negro como a noite sem estrelas.Sou velho. Velho como as vidas de meus irmãos.Mas se sou ainda negro, é porque trago em mim as marcas do tempo, as marcas do Cristo. Essas marcas são as estrelas de minha alma, de minha vida.Sou negro. Mas a brancura do linho se estampa na simplicidade do meu olhar, que tenta ver apenas o lado bonito da vida.Sou velho, sim. Mas é na experiência da vida que se adquire a verdadeira sabedoria, aquela que vem do Alto. Sou velho. Velho no falar; velho na mensagem, velho nas tentativas de acertar.A minha força, eu a construí na vida, na dor, no sofrimento. Não no sofrimento como alguns entendem, mas naquele decorrente das lutas, das dificuldades do caminho, da força empreendida na subida.A força da vida se estrutura nas vivências. É à medida que construímos nossa experiência que essa força se apodera de nós, nos envolve e nós então nos saturamos dela. É a força e a coragem de ser você mesmo, do não se acovardar diante das lutas, de continuar tentando.Sou forte.Mas quando me deixo encher de pretensões, então eu descubro que sou fraco. Quando aprendo a sair de mim mesmo e ir em direção ao próximo, aí eu sei que me fortaleço.Sou andarilho.Eu sou preto, sou velho, sou humano. Sou como você, sou espírito. Sou errante, aprendiz de mim mesmo.Na estrada da vida, aprendi que até hoje, e possivelmente para sempre, serei apenas o aprendiz da vida.Pelas estradas da vida eu corro, eu ando.Tudo isso para aprender que, como você, eu sou um cidadão do universo, viajor do mundo. Sou um semeador da paz.Sou preto, sou velho, sou espírito.

Pai João de Aruanda (psicografia de Robson Pinheiro em seu livro Sabedoria de Preto Velho - ed. Casa dos Espíritos)


segunda-feira, 8 de maio de 2017

Terreiro de Umbanda, não é casa de qualquer um.



Terreiro de Umbanda, não é casa de qualquer um.
E se você conhece alguém que vive pulando de casa em casa, arrumando confusão em todas, e após as indisposições sair falando mal do Pai, Mãe e Irmãos, infelizmente quem não presta é a justamente esta pessoa.
Não existem casas ruins, existe falta de afinidade entre a pessoa e o local que frequenta.
Formas diferentes de trabalhos ou mesmo culturas diferentes.
Não nos cabe tomar partido sobre o que não vivemos ou até mesmo presenciamos.
Independente de todos os dissabores que possamos ter é importante sermos gratos com quem nos acolheu e com a espiritualidade que nos assistiu.
Se não nos afinizamos deveremos sair com dignidade, pedindo licença a quem de direito, pois no momento que nos ligamos ao local foi porque nós solicitamos que nos fosse permitidos fazer parte da corrente.
Quem não tem esse mínimo senso de respeito e nenhuma gratidão ao axé em que foi acolhido, amparado ou cuidado mesmo que tenho sido por apenas um dia, não entende o poder da palavra gratidão.
O fato é que quem age com postura antiética na vida material, na espiritual não será diferente.
Por isso que sempre falo, nunca tome uma atitude precipitada, uma casa de axé não é uma casa alugada que você sai quando bem entende.
Nossos orixás são raízes, portanto, frequente, conheça a casa que se deseja ingressar, conheça as pessoas, observe, veja se você realmente se sente em uma família, porque para sermos felizes em um local precisamos fazer parte do grupo, nos sentirmos abraçados pelos mais velhos e por nossos chefes de terreiro.
E aí sim, regue as sementes de sua fé, deixe suas raízes crescerem e perpetue a essência da sua ancestralidade.
Do contrário, irmãos, é melhor ficar em casa.
Porque tudo que um terreiro de umbanda não precisa é de desunião.
Terreiro de umbanda é forte quando as pessoas são fortes entre si, a força do coletivo não permite que a fofoca adentre o recinto, não permite que a inveja espie o local e nem que o ego tente se instalar.
Um terreiro forte cura as pessoas, ajuda os necessitados, faz com que as pessoas melhorem seus pensamentos, um terreiro forte anda para frente, incentiva a mudança pessoal e coletiva.
Umbanda é acima de tudo amor fraternal entre seus pares, não tem Orixás mais bonitos ou Caboclos mais fortes, tem a força da corrente que é a soma dos objetivos dos membros de sua corrente.
Pense nisto quando entrar em um terreiro e pedir para fazer parte da corrente.


segunda-feira, 1 de maio de 2017

O que significam Saravá, Eparrei, Odoiá, Odossiaba


Saravá, Eparrei, Odoiá, Odossiaba são saudações.Saravá significa pedir a bênção, sendo uma saudação genérica entre a maioria das casas de Umbanda, independente da sua derivação.

Outras saudações:

Epa Babá – saudação ao Orixá Oxalá significando: olá, com admiração e espanto.
Okê Oxossi ou Okê Arô – saudação ao Orixá Oxossi que significa: salve aquele que grita, que brada; Salve o caçador; Salve, Oxossi. Também usado como saudação aos Caboclos (Okê, Caboclo).
Ogum iê – saudação ao Orixá Ogum, significando salve Ogum.
Epa Hei (ou Eparrei) – saudação a Orixá Iansã e significa Olá com admiração. Esse espanto de grandeza de admiração ao ver a Orixá e dizer a ela Olá Iansã, Olá Oyá.
Ora ieieo – Saudação a Orixá Oxum e significa salve a benevolente mãezinha.
Odoiá ou Odossiaba – saudação a Orixá Iemanjá e significam Mãe das águas.
Atotô – saudação para o Orixá Omolu, significando Silêncio, Ele está aqui!
Saluba Nanã – saudação a Orixá Nanã Buruquê, cujo significado é: nos refugiamos em Nanã, ou, salve a senhora do poço, da lama.
É para as Almas ou Adorei as Almas – saudação que fazemos aos Pretos-Velhos.
Kaô kabecilê – Saudação ao Orixá Xangô que significa venham ver (admirar, saudar) o Rei da Casa.
Laroyê, Exu ou Exu é Mojubá – Saudação a Exu que significa: Mensageiro, Exu! Exu a vós meus respeitos! E para as Pombo-giras é Laroyê, Pombo-Gira!
Xetruá ou jetruá – Usada para Boiadeiros e que significa: Salve aquele que tem braço forte, pulso forte.
Oni Ibeijada – saudação usada para os Erês que significa: Salve todas as crianças!

Existem outras saudações e expressões inerentes a rituais empregados em diversos seguimentos de Umbanda que existem por aí.

Fonte: religiaoespirita