segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

“Perispírito” parte 3

DURANTE A ENCARNAÇÃO, O PERISPÍRITO FICA APRISIONADO NO CORPO FÍSICO?

"Quando o Espírito se une a um corpo material, aí vive com seu Perispírito, que serve de ligação entre o Espírito, propriamente dito, e a matéria corpórea: é o intermediário das sensações percebidas pelo Espírito.
Mas, esse Perispírito não é confinado no corpo, como numa caixa. Por sua natureza fluídica, ele irradia-se exteriormente e forma em torno do corpo uma espécie de atmosfera, como vapor que dele se desprende .
... O Perispírito é impregnado das qualidades, ou seja, do pensamento do Espírito, e irradia tais qualidades em torno do corpo.”
Allan Kardec – Revista Espírita – Dez /1862


Portanto, a atmosfera fluídica criada pelo Perispírito em torno do corpo material está impregnada das qualidades boas ou más do pensamento do Espírito, que podem ser percebidas por outros Espíritos encarnados ou desencarnados.
Se essas relações fluídicas com outros Espíritos forem simpáticas, os fluídos perispirituais se interpenetram; mas, se forem de natureza antipática, os fluídos se repelem gerando um mal estar.
Os que têm boas intenções, bons sentimentos e pensamentos carregam consigo uma atmosfera vivificante, saudável e benéfica, que é transmitida a outras pessoas.
Por outro lado, aqueles que alimentam em si os maus pensamentos e sentimentos impregnam o ambiente com os maus fluidos, que retratam seu estado íntimo.

QUAL A IMPORTÂNCIA DO CORPO FLUÍDICO NAS INFLUÊNCIAS ESPIRITUAIS SOFRIDAS?

O fluido perispiritual permite que o Espírito encarnado receba as influências dos bons e dos maus Espíritos, pelas relações fluídicas similares que são estabelecidas.
Quando um Espírito quer agir sobre uma pessoa, ele a envolve com o seu Perispírito, como um manto, para que os fluidos perispirituais se interpenetrem.
Então, as vontades e os pensamentos se confundem, e o Espírito consegue controlar a mente e, inclusive, agir sobre o corpo material daquele que está sob o seu domínio.
Se o Espírito for bom, a ação será suave e benéfica; e produzirá bons resultados.
Mas, se o Espírito for mal intencionado, tentará controlar a vontade e os pensamentos, inibir a razão, influenciar o modo de pensar, falar e agir, promovendo constrangimentos morais e físicos.
Dependendo do grau do controle estabelecido pelo mau Espírito, imporá um processo de obsessão, subjugação ou fascinação, chegando a aparentar uma verdadeira loucura.

Obsessão: interferência espiritual que atinge a mente, causando algumas perturbações.

Subjugação: a interferência amplia-se aos centros de afetividade e da vontade, afetando os sentimentos e o sistema psicomotor, levando o obsidiado a atitudes e gestos estranhos.

Fascinação: essa interferência é mais profunda, afetando a consciência da pessoa, desencadeando processos alucinatórios.

Para o obsediado se desembaraçar do envoltório fluídico do mau Espírito, ele precisa da vontade forte, da paciência edificante e dos esforços perseverantes.
Além disso, precisa melhorar o seu mundo íntimo pela eliminação das imperfeições morais e das más inclinações, praticando o bem e demonstrando humildade para aceitar a intervenção de alguém que tenha ascendência moral sobre o Espírito perturbador, e receber dela um fluido de qualidade melhor.
E também, os Espíritos protetores precisam ser atraídos pela prece feita de coração, para que ajudem na melhoria moral e na conversão para o bem do Espírito obsessor.


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