sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Estudo DORES NA ALMA - INVEJA

Livro : "As dores da alma"
AS DORES DA ALMA
(HAMMED / FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO)

ÚLTIMO TÓPICO

20 - INVEJA




- As atitudes de rivalidade, antagonismo e hostilidade dissimulam muito bem a inveja, ou seja, a própria “prepotência da competição”, que tem como origem todo um séquito de antigas frustrações e fracassos não resolvidos e interiorizados

- O invejoso é inseguro e supersensível, irritadiço e desconfiado, observador minucioso e detetive da vida alheia até a exaustão, sempre alerta e armado contra tudo e todos, fazendo o gênero de superior, quando, em realidade, se sente inferiorizado. Por isso, quase sempre, deixa transparecer um ar de sarcasmo e ironia em seu olhar, pra ocultar dos outros seu precário contato com a felicidade

- A emoção da inveja não é uma necessidade aprendida, não foi adquirida por experiência nem por força da socialização, mas uma reação instintiva e natural, comum a qualquer criatura do reino animal
- A emoção da inveja no adulto é produto das atitudes internas de indivíduos de idade psicológica bem inferior à idade cronológica, os quais, são verdadeiras almas de crianças mimadas, impotentes e inseguras, que querem chamar a atenção dos maiores no lar

- A necessidade de poder e de prestígio desmedidos que encontramos em inúmeros homens públicos nas áreas religiosas, política, profissional, esportiva, filantrópica, de lazer e outras tantas, deriva de uma “aspiração de dominar” ou de um “sentimento de onipotência”, com o que tentam contrabalançar emocionalmente o complexo de inferioridade que desenvolveram na fase infantil

- Eis alguns sintomas interiorizados de inveja que podemos considerar como dissimulados e negados :

(1) Perseguições gratuitas e acusações sem lógica ou fantasiadas
(2) Inclinações superlativas à elegância e ao refinamento, com aversão à grosseria
(3) Insatisfação permanente, nunca se contentando com nada
(4) manifestação de temperamento teatral e pedantismo nas atitudes
(5) Elogios afetados e amores declarados exageradamente
(6) Animação competitiva que leva às raias da agressividade

- Muitos indivíduos não se preocupam em estudar as raízes de seus comportamentos rotineiros, porque acreditam que, para assumir a responsabilidade da renovação íntima, precisariam despender um enorme sacrifício

Para afastar todo e qualquer anseio de transformação interior, utilizam-se de um processo psicológico denominado “racionalização”, artifício criado para desviar a atenção dos verdadeiros motivos das atitudes e ações

- Os indivíduos que possuem o hábito da crítica destrutiva estão, em verdade, dissimulando outras emoções, talvez a inveja ou mesmo o despeito

- A inveja é definida como sendo o desejo de possuir e de ser o que os outros são. E uma forma de cobiça, um desgosto em face da constatação da felicidade e superioridade de outrem

- Observar a criatura sendo, tendo, criando e realizando provoca uma espécie de dor no invejoso, por ele não ser, não ter, não criar e não realizar. A inveja leva, por consequência, à maledicência, que tem por base ressaltar os equívocos e difamar.

- Assim é a estratégia do depreciador : “Se eu não posso subir, tento rebaixar os outros, compensando, assim, meu complexo de inferioridade. A inveja nasce quase sempre por nos compararmos constantemente com os outros

- É verdade, porém, que possuímos algumas semelhanças e características comuns com outros homens, mas, em essência, somos almas criadas em diferentes épocas pelas mãos do Criador e, por isso, passamos por experiências distintas e trazemos na própria intimidade missões peculiares

- A ausência do amadurecimento espiritual faz com que rotulemos, de forma humilhante e pretensiosa, os credos religiosos, a heterogeneidade das raças, os costumes de determinados povos, as tendências sexuais diferentes, os movimentos sexuais diferentes, os movimentos sociais inovadores, as decisões, o comportamento, o sucesso dos outros e muitas coisas ainda.

- Tudo isso ocorre porque não conseguimos digerir com ponderação a grandeza do processo evolutivo agindo de forma diversificada sob as Leis da Natureza. O que devemos fazer é aceitar-nos como somos, é respeitar diferenças e reconhecer nossos valores

- A inveja é uma ferramenta cômoda que usamos sempre que não queremos assumir a responsabilidade por nossa vida. Ela nos faz censurar e apontar supostas falhas das pessoas, distraindo-nos a mente do necessário desenvolvimento de nossas potencialidades interiores

- Em vez de esforçarmos para crescer e progredir, denegrimos os outros para compensar nossa indolência e ociosidade

- A inveja e a censura nascem da auto-rejeição que fazemos conosco, justamente por não acreditarmos em nossos potenciais evolutivos e, por procurarmos fora de nós, as explicações de como deveremos sentir, pensar, falar, fazer e agir

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