quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Estudo DORES NA ALMA - INSEGURANÇA

Livro : "As dores da alma"
AS DORES DA ALMA
(HAMMED / FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO)

16 - INSEGURANÇA




- O inseguro não confia no seu valor pessoal, desacredita suas habilidades e desconfia de sua possibilidade de enfrentar as ocorrências da vida, o que o impulsiona a uma fatal tendência de se apoiar nos outros

- O inseguro apega-se na afeição do cônjuge, filhos, outros parentes e amigos e, assim, acaba dependendo completamente dessas pessoas para viver. Em vez do amor, é a insegurança a fonte principal que o une aos outros, por isso, controla e vigia em razão das dúvidas que tem sobre si mesmo

- Ele é excessivamente cauteloso e vigilante, estando em constante sobreaviso e desconfiança de tudo e de todos, por causa do medo das conseqüências futuras de suas ações do presente

- Eles desenvolvem muitas vezes, uma “devoção mórbida” em relação às causa e aos ideais, ou se associam a um parceiro forte e dinâmico para compensar sua necessidade de apoio, consideração e segurança

- Muitos ainda buscam refúgio numa atividade intelectual e se colocam, por exemplo, na posição de autoridade literária, como estratégia emocional, a fim de estimular em torno de si uma atmosfera de “bem informado” e, portanto, grandiosos e seguros

- Na questão 255, do Livro dos Espíritos, Kardec ao indagar “quando um Espírito diz que sofre, de que natureza é o seu sofrimento ?”, os Espíritos lhe respondeu: “Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente do que todos os sofrimentos físicos”.

- “Angústias morais” podem ser entendidas como a fragilidade em que se encontram as criaturas inseguras, a sensação de mal-estar que sentem, por acreditarem que estão constantemente sendo observadas e julgadas e também pela perpétua situação mental de vulnerabilidade diante do mundo

- Carências ilimitadas nascem da insegurança, sufocando e afastando relacionamentos salutares. Inicialmente, fazemos um esforço hercúleo para nos entregar nas mãos da pessoa eleita, e, com o passar do tempo, vamos ficando incomodados e desestimulados com esse relacionamento, até que, finalmente, chegamos ao ápice do desgaste, ficando raivosos e ressentidos com a pessoa de quem dependemos

- A intensa motivação que invade os indivíduos para serem amados e queridos a qualquer preço nasce das dúvidas íntimas sobre si mesmos, pois são pessoas que, raramente, podem se realizar na vida sem se “pendurar” no que chamam de grande amor

- A insegurança transborda de tal modo que transforma a natural necessidade de amar em uma necessidade patológica de satisfação, somente alcançada através da possessividade do amor

- Crianças crescem deixando parentes, companheiros ou professores decidirem por elas sem levar em conta seus gostos e preferências. Essas crianças se tornarão, mais tarde, homens sem segurança, firmeza e coragem de tomar atitudes perante a vida

- Indivíduos passam a usar uma máscara de “bonzinho” como meio de seduzir, conquistar ou conseguir disfarçar a enorme incerteza que carregam, mas, periodicamente, mostram de modo claro sua insatisfação interior, explodindo em raiva inesperada contra aqueles com quem convivem


- Essas “estranhas bondades” são peculiares das pessoas que não desenvolveram a confiança em suas ideias, intuições e vocações íntimas e nunca se afirmam em si mesmas. Não admitem sua insegurança e, por isso, a agressividade acaba quase sempre controlando suas reações, vivendo comportamentos irreais e simulados, tentando agradar a todos e fazendo da mentira uma necessidade para viver, pagando, porém, um preço fisiológico, ou seja, a somatização das raivas e fragilidades que mantém fantasiadas em candura amabilidade

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