sábado, 30 de abril de 2016

Conhecendo mais sobre a vida no mundo espiritual - Alimentação dos Desencarnados




Como é a alimentação das pessoas desencarnadas (ou seja, que habitam a dimensão vibratória conhecida como “mundo espiritual”)? E qual o sistema fisiológico do nosso corpo espiritual (veículo físico utilizado na outra dimensão)?

André Luiz explica a forma de alimentação dos desencarnados e a suas consequências fisiológicas no livro “Evolução em Dois Mundos”, p. 211/212, 25ª edição):

“Abandonado o envoltório físico na desencarnação, se o psicossoma está profundamente arraigado às sensações terrestres, sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar, e, quando não a supera ao preço do próprio esforço, no autorreajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica, que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital daqueles encarnados com os quais se afine, quando não promove a obsessão espetacular.
Na maioria das vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação do plano espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da terra, porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem aos sistemas de sustentação da esfera superior, em cujos círculos a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se evidencie o enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o corpo espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos sutilizados ou sínteses quimio-eletromagnéticas, hauridas no reservatório da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres se sustentam entre si.
Essa alimentação psíquica, por intermédio das projeções magnéticas trocadas entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o nutricionista do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a ideal euforia orgânica e mental da personalidade. Daí porque toda criatura tem necessidade de amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio geral.
De qualquer modo, porém, o corpo espiritual com alguma provisão de substância específica ou simplesmente sem ela, quando já consiga valer-se apenas da difusão cutânea para refazer seus potenciais energéticos, conta com os processos da assimilação e da desassimilação dos recursos que lhe são peculiares, não prescindindo do trabalho de exsudação dos resíduos, pela epiderme ou pelos emunctórios normais, compreendendo-se, no entanto, que pela harmonia de nível, nas operações nutritivas, e pela essencialização dos elementos absorvidos, não existem para o veículo psicossomático determinados excessos e inconveniências dos sólidos e líquidos da excreta comum”.
Dessa explicação de André Luiz, podemos concluir alguns pontos a respeito da alimentação daqueles que habitam a dimensão vibratória “Mundo Espiritual”:
I – Conforme a mente esteja viciada na alimentação grosseira desta dimensão (a nossa), ao desencarnar, naturalmente a pessoa possuirá a necessidade de uma alimentação parecida. Nesse caso, se a pessoa não foi beneficiada com uma desencarnação assistida, ficará, em regra, próximo aos seus afins encarnados, absorvendo as vibrações emanadas da alimentação deles, até que um dia receba alguma espécie de socorro espiritual, do contrário passará anos e poderá até desenvolver quadro de obsessão.
Porém, se a desencarnação foi assistida por amigos espirituais (e isso ocorre quando há méritos, méritos adquiridos na prática do bem/caridade), a pessoa será levada a um Hospital (ou instituto similar) na outra dimensão, onde receberá ajuda necessária. Caso, a pessoa ainda esteja “viciada” na alimentação grosseira, ela receberá preparados que imitam a sensação da alimentação terrena.
No livro “Senhores da Escuridão”, de Robson Pinheiro, espírito Ângelo Inácio, há a explicação de que há preparados que imitam até mesmo o sabor da carne animal.
Porém, esta alimentação mais pesada vibracionalmente somente ocorre nas faixas vibratórias mais densas do “Mundo Espiritual”. Ou seja, para ascender para faixas vibratórias mais sutis, torna-se necessário depurar também a alimentação.
II – Há locais apropriados para ajudar na adaptação alimentar, auxiliando na transição da alimentação mais grosseira para a mais sutil.
III – Todo pensamento emite vibrações e estas vibrações também são formas de alimentação. Disso resulta que nosso corpo espiritual absorve as vibrações afins, fato que ocorre inclusive quando estamos encarnados repercutindo nos corpo físico.
IV – Da mesma forma que aqui, lá também há a necessidade de expelir os excessos de alimentos não absorvidos pelo corpo espiritual (veículo físico da dimensão vibratória “mundo espiritual”).
Ocorre que, quanto mais sutil for a alimentação, mais sutil e diferente será a forma de expelir esses excesso (dispensando, conforme o nível atingido, os procedimentos adotados por nós). O que, via contrária, leva-nos ao fato de que aqueles desencarnados que se alimentam das comidas densas (preparados que imitam a alimentação dos encarnados), possuirão as necessidades fisiológicas iguais às nossas, os encarnados.

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1 - Ouço referências ao consumo de alimentos pelos Espíritos. Como isso é possível?

Tudo o que se movimenta, todo ser vivo, consome algum tipo de energia ou de alimento. Os Espíritos não constituem exceção.

2 - Se o Homem não ingere alimentos, morre. O Espírito também morre?

Sabemos que o Espírito é imortal. Não obstante, sua estabilidade subordina-se à ingestão de alimentos compatíveis com sua condição.

3 - Na espiritualidade há alimentos semelhantes aos da Terra, como frutas, por exemplo?

O termo espiritualidade não define com exatidão a vida além-túmulo. È um mundo de matéria também, embora numa outra faixa de vibração, numa outra dimensão. E há alguma identidade com nosso plano, até porque a Natureza não dá saltos.

4 - Seria uma espécie de cópia da Terra?

Desde os antigos filósofos gregos há a concepção de que o plano físico é uma cópia imperfeita do plano espiritual.

5 - O que determina a natureza dos alimentos consumidos pelos Espíritos?

Seu grau de comprometimento com a vida física. Espíritos presos à experiência humana, que cultivaram a volúpia de comer, sentem grande necessidade de ingerir alimentos mais densos.

6 - Espíritos desencarnados, presos ao plano físico, em convivência com os homens, têm acesso à alimentação espiritual?

Alimentam-se dos componentes energéticos de nossos alimentos, principalmente aqueles dotados de vitalidade mais acentuada, como frutas, legumes, carnes.

7 - Isso nos traz algum prejuízo?

Sob o ponto de vista espiritual é como se ingeríssemos uma fruta desvitaminada . Há perda do componente energético, o que até pode apressar seu apodrecimento. Uma laranja nesta condição, num cesto de laranjas saudáveis, pode estar assim em virtude de vários fatores, envolvendo tempo de colheita, estágio de maturação, fungos, mas pode ser também a conseqüência de uma desvitalização provocada por um Espírito.

8 - Em estágios mais altos o Espírito deixa de alimentar-se?

Sempre o fará. O que muda é a natureza dos alimentos consumidos. Diz Jesus: «Meu alimento consiste em fazer a vontade de Deus”. O mestre representa a comunidade de Espíritos superiores que se nutrem do hausto criador de Deus, na sintonia do Amor.

Richard Simonetti



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