Ogum é o Orixá das batalhas, das demandas. Sua imagem sempre está associada à imagem de guerreiros, com espadas, lanças e escudos. Por isso, seu sincretismo casou perfeitamente com a imagem de São Jorge, o Santo Guerreiro.
Esse Santo vestindo uma armadura, com lança na mão, derrotando um dragão é, sem dúvida, uma perfeita representação do que simboliza Ogum.
Apesar de toda essa associação, não devemos confundir a imagem de Jorge, o Santo, com a de Ogum, Orixá, que teve seu culto originário na África, sendo trazido ao Brasil por negros escravos.
Ogum é o senhor dos caminhos, das estradas, dos metais. Ele rege todos os profissionais que utilizam-se do aço.
Como é o Orixá das demandas, é ele o responsável pela segurança dos trabalhos, impedindo a entrada de espíritos zombeteiros e energias negativas.
Saudar Ogum no início das sessões é fundamental, pedindo a ele proteção para que os trabalhos ocorram dentro da perfeita harmonia.
As batalhas que esse Orixá nos ajudam a vencer, são as batalhas da vida. Como Orixá dos caminhos, é ele quem abre nossos caminhos, afastando toda a pertubação e demanda.
Os falangeiros e caboclos desse Orixá são subdivididos em inúmeras falanges. As mais conhecidas são: Ogum Beira Mar, Ogum 7 Ondas, Ogum Megê, Ogum Naruê, Ogum Matinata, Ogum de Lei, Ogum 7 Mares, Ogum dos Rios, Ogum Beira Rio, Ogum Rompe Mato, Ogum Arranca Toco, Ogum 7 Espadas, entre outros.
Também é bom lembrar que dentro de uma falange de Ogum, Ogum Beira Mar por exemplo, existem inúmeros espíritos que trabalham sob essa denominação. Por isso é comum ver nos terreiros dois ou mais médiuns recebendo entidades de Ogum com o mesmo nome. Não se trata da mesma entidade, mas sim de entidades que trabalham na mesma falange.
Sua saudação é "Ogun nhê"
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