segunda-feira, 8 de junho de 2015

Estudo: Dores da Alma - MEDO

Livro : "As dores da alma"
AS DORES DA ALMA
(HAMMED / FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO)

6 - MEDO



- Colocar nossa atenção nas coisas da vida é fator importante para o nosso desenvolvimento mental e espiritual. Todavia, é necessário saber direcionar convenientemente nossa percepção e atenção no momento exato e para o lugar certo.
- Quanto mais pensarmos e voltarmos nossa atenção para as calamidades e desastres, mais teremos a impressão de que o mundo está limitado à nossa pessoal maneira catastrófica de vê-lo e senti-lo.
- Na oportunidade de crescimento que nos oferecem nossas experiências, temos a oportunidade de validar e potencializar determinadas crenças e conceitos que poderão nos desestruturar psiquicamente, levando-nos a uma verdadeira hipnose mental. A partir disso, esquecemo-nos de visualizar o restante do mundo que nos cerca. Passamos a viver simplesmente voltados para a opinião que adotamos como “única verdade”, assustados e amedrontados entre constantes atmosferas de receio e apreensão.
- O resultado do medo em nossas vidas será a perda do nosso poder de pensar e agir com espontaneidade, pois quem decidirá como e quando devemos atuar será a atmosfera do temor que nos envolve.
- Ancorados pelo receio e pela desconfiança, criamos resistências, obstáculos e tropeços que nos impedem de avançar.
- As sensações do medo sobrecarregam as energias dos chacras do plexo solar e do cardíaco, provocando, quase sempre, uma impressão de vácuo no estômago e um descontrole nas batidas do coração.
- Aprendendo a focalizar e a desfocalizar nossas crises, traumas, medos, perdas e dificuldades, bem como os acontecimentos desastrosos do cotidiano. Teremos metas sempre adequadas e seguras que favorecerão nosso progresso espiritual.
- “Sombra” é um conceito junguiano para designar a soma dos lados rejeitados da realidade que a criatura não quer admitir ou ver em si mesma, permanecendo, portanto, esquecidos nas profundezas da intimidade.
- Por medo de sermos vistos como somos, nossas relações ficam limitadas a um nível superficial. Resguardamo-nos e fechamo-nos intimamente para sentir-nos emocionalmente seguros.
- As coisas ignoradas geram mais medos do que as conhecidas. Recusar-se a aceitar a diversidade de emoções e sentimentos de nosso mundo interior nos levará a viver sem o controle de nossas existências, sem ter nas mãos as rédeas de nosso destino.
- Desvendar, gradativamente, nossa “geografia interna”, nosso próprio padrão de carências e medos, proporciona-nos uma base sólida de autoconfiança.
- Arrependimento pode ser visto como a nossa tomada de consciência de certos elementos que negávamos consciente ou inconscientemente, projetando-os para fora ou reprimindo-os em nossa “sombra”.
- Tomar consciência é uma expressão moderna que significa discernimento da vida exterior e interior, acrescida da capacidade de julgar moralmente os atos.
- O ato de arrependimento é um antídoto contra o medo. Quem se arrependeu é porque aprendeu que é simplesmente humano, falível e nem melhor nem pior do que os outros. Arrepender-se é o primeiro passo para melhorarmos e progredirmos espiritualmente.
- Os chamados tiques nervosos nada mais são do que impulsos compulsivos de atos ou a contração repetitiva de certos músculos, desenvolvida de forma inconsciente, para não tomarmos consciência dos conteúdos emocionais que reprimimos em nosso “Sombra”. Os tiques são compulsões motoras para aliviar emoções e funcionam como verdadeiros “tapumes energéticos” para conter sentimentos emergentes.
- Enquanto o indivíduo se distrai com o tique, não deixa vir à consciência o que reprimiu, por considerá-lo feio e pecaminoso.
- O somatório dessas emoções negadas nos causa medos inexplicáveis que nos oprimem, afastando-nos do verdadeiro arrependimento e prejudicando o nosso crescimento interior.
- Uma das manifestações do medo mais problemáticas para as criaturas humanas é a denominada fobia social ou ”agorafobia”, ou seja, é o pavor de fazer o que quer que seja em público.
- O fóbico social receia ser julgado e avaliado pelos outros.
- Dentre as muitas dificuldades que envolvem a “agorafobia”, a mais grave é a incerteza de nosso valor pessoal e as crenças de baixa estima que possuímos, herdadas muitas vezes na infância.
- O sentimento de inferioridade é o grande dificultador dos relacionamentos seguros e sadios, produzindo uma necessidade de estarmos sempre certos e sempre sendo aplaudidos pelos outros. Tememos mostrar-nos como somos e escondermos nossos erros, convencidos de que seremos desprestigiados perante nossos companheiros e amigos.
- Diversas matrizes do medo se fixaram na vida infantil. Os pais autoritários e rudes que estabeleceram um regime educacional duro e implacável, impondo normas ameaçadoras e punitivas, criaram na mente das crianças a necessidade de mentir e fantasiar constantemente. Dessa maneira, elas passaram a viver de forma que agradassem a todos numa enorme necessidade de aprovação e numa atmosfera de insegurança

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