Livro : "As dores da alma"
AS DORES DA ALMA
(HAMMED / FRANCISCO DO ESPÍRITO SANTO NETO)
8 – VÍCIO
- O vício pode ser um “erro de
cálculo” na procura de paz e serenidade, porque todos queremos ser felizes e
ninguém, conscientemente, busca de propósito viver com desprazer, aflição e
infelicidade
- existem diversos casos de
obesidade que surgiram no clima de lares onde a mãe é superexigente,
perfeccionista e dominadora, forçando constantemente a criança a se alimentar,
não levando em conta suas necessidades naturais. Pela insistência materna, ela
desenvolve o hábito de comer exageradamente, prejudicando desenvolvimento do
senso interior, que lhe dá a medida de quando começar e de quando parar de
comer
- O vício aparece constantemente
onde há uma inadaptação à vida social. Por incrível que pareça, o viciado é um
“conservador”, pois não quer correr o risco de se lançar à vida, tornando-se,
desse modo, um comodista por medo do mundo que, segundo ele, o ameaça
- Os vícios ou hábitos destrutivos
são, em síntese, métodos defensivos que as pessoas assumiram nesta existência,
ou outras encarnações, como uma forma inadequada de promover segurança e
proteção
- As criaturas assimilam conceitos
simplesmente porque outras, que elas julgam importantes e entendidas,
disseram-lhes que são verdadeiros
- Não podemos entender os vícios
como uma problemática que abrange, exclusivamente, delinquentes e vadios. Em
verdade, viciados são todos aqueles que se enfraqueceram diante da vida e se
refugiaram na dependência de pessoas ou substâncias
- Por serem carentes e sofridos,
entregaram sua força de vontade ao poder dos tóxicos, procurando se esquecer de
algo que, talvez, nem mesmo saibam : “eles próprios”, pois não aguentaram
suportar seu mundo mental em desalinho
- Os dependentes são julgados por
muitos como criaturas intencionalmente indolentes. Por outros, de forma
precipitada, como “parasitas sociais”, desocupados, improdutivos e preguiçosos.
Mas sem qualquer conotação ou justificativa de tirar-lhes a responsabilidade
por seus feitos e decisões, não podemos nos esquecer de que o “peso do fardo”
que carregam-lhes dá tamanha lassidão energética que passam a viver em
constante “embriaguez na alma”, entre fluidos de abatimento, fadiga e tédio
- Não são inúteis deliberadamente,
mas se utilizam, sem perceber, do desânimo que sentem como “estratégia
psicológica” para fugirem à decisão de “arregaçar as mangas” e enfrentar a
parte que lhes cabe realizar na vida. Adiam sistematicamente seus compromissos,
vivem de uma maneira no presente e dizem que vão viver de outra no futuro
- Os toxicômanos são criaturas de
caráter oscilante, não desenvolveram o senso de autonomia, vivem envolvidos
numa aura fluídica de indecisão e imobilização por consequência da própria
reação emocional em desajuste. Protelam as coisas para um dia que, talvez,
nunca chegará. Fixam-se ao consumo cada vez maior de produtos narcóticos,
enquanto desenvolvem atitudes emocionais que os levam â subjulgação a pessoas e
situações
- Aprendemos com as sociedades
absolutistas do passado que a ociosidade era uma peça importante na vida. Na
corte, as etiquetas, jogos, bailes e saraus eram as atividades mais comuns da
nobreza
Nenhum comentário:
Postar um comentário